Saiba quem era o bicheiro Rogério Andrade, preso hoje ligado a assassinado

Bicheiro Rogério Andrade no Carnaval do RJReprodução/Extra

Rogério Andrade, sobrinho do bicheiro Castor de Andrade, falecido em 1997, herdou o negócio de jogo do tio e atualmente explora máquinas caça-níqueis, bingos e cassinos na Zona Oeste do Rio de Janeiro, além de outras localidades no estado. Ele está envolvido em uma violenta disputa pelo legado de Castor, que resultou em assassinatos de outros herdeiros.

A primeira morte ocorreu em 1998, quando Rogério foi acusado de ser o mandante do assassinato de Paulo Andrade, filho de Castor. Embora tenha sido condenado em primeira instância, foi posteriormente absolvido.

O caso resultou na condenação de Fernando Iggnácio Miranda, genro de Castor, que foi executado em um heliponto no Recreio dos Bandeirantes em novembro de 2020. Esse assassinato levou à emissão de um mandado de prisão contra Rogério nesta terça-feira.

Em 2010, a disputa pelo controle dos negócios também resultou na morte de Diogo Andrade, filho de Rogério. O jovem, de 17 anos, dirigia o carro do pai quando uma bomba colocada no veículo explodiu. Rogério estava no carro e ficou ferido no incidente.

Na manhã desta terça-feira (29), Rogério foi preso em uma operação do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ). Ele é novamente apontado como mandante do assassinato de Fernando Iggnácio, ocorrido em 2020. A prisão ocorreu em sua residência, na Barra da Tijuca, e ele foi levado para a Cidade da Polícia, onde prestou depoimento.

Outro alvo da operação, Gilmar Eneas Lisboa, também foi preso e é considerado responsável por monitorar Fernando Iggnácio. Em março de 2021, o MPRJ já havia denunciado Rogério pela morte de Iggnácio, mas a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em fevereiro de 2022, trancar a ação penal contra ele, aceitando o pedido da defesa por falta de provas claras sobre sua participação.

Com a abertura de um novo Procedimento Investigatório Criminal (PIC), o Gaeco identificou uma série de execuções ligadas à rivalidade entre Rogério e Iggnácio, além da identificação de um terceiro envolvido no homicídio de Fernando. Segundo a denúncia, Gilmar foi o responsável por monitorar a vítima até o momento do crime.

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