Seis meses após a morte do cachorro Joca, que morreu em uma caixa de transporte entre voos, o governo federal anunciou regras mais rígidas para o transporte aéreo de pets. As novas normas do Pata (Plano de Transporte Aéreo de Animais) foram anunciadas nesta quarta-feira (30).
O cão Joca morreu na caixa de transporte após ser encaminhado ao destino errado – Foto: @jfantazzini/Instagram/Reprodução/ND
Entre as regras, está a possibilidade de os tutores rastrearem seus pets durante todo o transporte, do embarque ao desembarque, por meio de câmeras e aplicativos.
Segundo o Ministério de Portos e Aeroportos, as companhias aéreas também terão de oferecer serviços veterinários para emergências, como forma de garantir que os animais irão receber o atendimento adequado.
O plano ainda prevê a criação de um canal direto de comunicação com os tutores, com informações sobre a situação do voo, capacitação e treinamento dos profissionais do setor aéreo e controle do serviço prestado.
As novas regras serão publicadas na quinta-feira (31) e as empresas terão 30 dias para se adaptarem. A fiscalização será feita para Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
“Haverá um trabalho coletivo da Anac no sentido de fiscalizar, de cobrar e de multar as companhias aéreas que não atuem de acordo com o bom serviço de transporte animal”, disse Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos.
O tutor do cão Joca, João Fantazzini, participou do evento de lançamento do Pata e destacou que as normas representam um avanço para a saúde, a segurança e o conforto dos animais.
O plano foi elaborado por um grupo de trabalho formado por representantes de órgãos governamentais, entidades de proteção animal, companhias aéreas, que analisou mais de 3,5 mil sugestões da sociedade.
*Com informações da Agência Brasil.