Operação apreendeu R$ 160 mil na casa de empresário investigado por fraudes licitatórias no Pará, diz MP


Afastado durante as investigações, secretário de Saúde de Anajás Jerime Soares esclarece que dinheiro não foi encontrado em sua casa e que ‘segue trabalhando para elucidar os fatos e provar a lisura dos procedimentos’. MP apreende R$ 160 mil em dinheiro vivo durante operação no Pará.
Reprodução / MPPA
A apreensão de R$ 160 mil em dinheiro vivo durante a operação Mocoões, que investiga supostas fraudes licitatórias, foi na casa de um empresário alvo das apurações. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (13) pelo Ministério Público do Pará (MPPA), responsável pela ação.
O MP não divulgou os nomes dos investigados, nem detalhes da atuação de cada um junto às suspeitas de fraudes na Secretaria de Saúde de Anajás, na ilha do Marajó.
Afastado durante as investigações, o secretário de Saúde de Anajás, Jerime Soares, nega que o dinheiro tenha sido encontrado na casa dele. Ele esclareceu que a equipe do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado (Gaeco) cumpriu mandado em sua casa, onde levaram apenas aparelho celular e notebook.
A ação também cumpria mandados em Belém, Ananindeua, Igarapé-Miri e em Melgaço.
“Ainda não sabemos ao certo o teor das investigações nem o que motivou tal procedimento, sendo informado apenas que se tratava de investigação de fraude a licitação, o que nos surpreendeu, uma vez que nossas contas foram recentemente aprovadas estando totalmente regulares”, afirma o secretário afastado.
Soares afirmou, ainda, que “a equipe de licitação (da prefeitura) trabalham colaborando com a justiça para elucidar o caso e provar que não houve desvios de recursos”. “Caso haja alguma situação ilícita, que seja feita a justiça e que os culpados sejam punidos. Estou com minha consciência tranquila e estou certo que logo a justiça será feita”, ele conclui.
As investigações
A Operação Mocoões cumpriu mandados de busca e apreensão para colheita de possíveis provas nas investigações envolvendo suspeitas de fraudes licitatórias e associação criminosa dentro da gestão municipal de Anajás.
Na quarta-feira (12), o Gaeco deflagrou a operação para cumprir 11 mandados de busca e apreensão em Anajás e em outras quatro cidades do Pará.
A ação, com apoio do Grupo de Atuação Especial de Inteligência e Segurança Institucional (GSI/MPPA), apreendeu documentos e quase R$160 em dinheiro vivo na residência de um dos alvos da investigação. Os endereços não foram informados.
Segundo o MP, a operação decorre de pedido de auxílio ao Gaeco, formulado pelo promotor de Justiça de Anajás, Harrison Bezerra.
Os procedimentos investigatórios criminais instaurados pela Promotoria apontam indícios de condutas ilícitas consistentes em fraudes a certames licitatórios para aquisição de medicamentos, produtos hospitalares, combustível e materiais de construção, além de associação criminosa.
São quatro contratos na mira das investigações: contrato nº 94/2021, Contrato 95/2021, contrato nº 96/2021 e contrato nº 30/2022.
O secretário Adjunto de Administração, Marcelo Ruy Secco, informou que “esses contratos são públicos, e estão todos no Portal de Transparência do Município, portanto a Prefeitura está à disposição do MP para fornecer todos os documentos necessários para que se esclareça e sane quaisquer dúvida”.
Em nota, a prefeitura disse que “os servidores forneceram todas as informações necessárias ao referido órgão de Justiça, inclusive cópias de documentos para esclarecer quaisquer fatos ligados à denúncia”.
“A gestão informa que sempre zelou pela total transparência e reafirma que está de portas abertas para que qualquer cidadão ou órgão fiscalizador possa analisar os processos e contas públicas”, conclui.
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