A Polícia Federal deve concluir nesta quinta-feira (21) o inquérito que apura os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF (Supremo Tribunal Federal). O relatório da investigação policial deve ser enviado a Alexandre de Moraes junto com uma lista de indiciados pelos episódios e uma identificação dos mentores dos ataques.
O dia 8 de janeiro de 2023 ficou marcado na história do Brasil pelos ataques antidemocráticos ocorridos em Brasília contra a vitória de Lula nas últimas eleições presidenciais – Foto: Agência Brasil/Reprodução/ND
O indiciamento é um ato formal realizado pela autoridade policial durante a investigação de um crime. Ele ocorre quando, com base nas provas coletadas, os investigadores identificam uma pessoa como suspeita principal da prática de um delito e formaliza essa suspeita no inquérito.
Mauro Cid fará novo depoimento
A PF deve concluir o inquérito no mesmo dia em que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, vai prestar depoimento ao STF. O militar é investigado pela corporação pelos atos do 8 de janeiro e firmou acordo de delação premiada com a Justiça.
No entanto, ele corre o risco de perder os benefícios do acordo depois que a PF encontrou no computador dele arquivos sobre um suposto plano para assassinar autoridades, algo que o tenente-coronel disse à corporação não ter conhecimento.
Mauro Cid é investigado por suposto envolvimentos nos ataques antidemocráticos e em um plano que visava o assassinato de Lula e de Alexandre de Moraes – Foto: Lula Marques/Agência Brasil/Reprodução/ND
Foram encontradas informações sobre a trama no computador de Cid. Em depoimento na terça-feira (19), ele negou que soubesse do plano. No mesmo dia, a PF pediu o fim dos benefícios da delação de Cid. O militar teria ocultado informações durante seus depoimentos à PF, o que é contra os termos do acordo de colaboração.
Anistia para envolvidos no 8 de janeiro não deve ser aprovada após explosões em Brasília e plano para matar Lula e Moraes
O projeto de lei que prevê de anistia pelo 8 de janeiro perdeu força de avançar na Câmara dos Deputados após o ataque a bombas na Praça dos Três Poderes, ocorrido há uma semana, e a operação da PF, iniciada na terça-feira (19), contra um grupo de militares que planejou matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.
Proposta de anistia pelo 8 de Janeiro perde força após explosões em Brasília e descoberta de plano de assassinato de autoridades – Foto: Joedson Alves/Agência Brasil/Reprodução/ND
*Com informações do portal R7