Cleide Moraes morreu em um acidente de trânsito causado, segundo o MP, por um condutor que estaria embriagado. Motorista vive em liberdade, após pagamento de fiança. Cantora Cleide Moraes no centro histórico de Belém.
Divulgação
“O sentimento é de vazio, de tristeza, depois desses anos buscando resposta da justiça, diante da impunidade”, diz Brenda Moraes, filha da cantora Cleide Moraes que morreu no trânsito. A morte da “Rainha da Saudade” completa três anos nesta quarta-feira (26).
Cleide tinha 59 anos quando voltava de um show em Icoaraci, distrito da capital, a caminho de Mosqueiro, ilha distante 73,5 km da sede de Belém. Até que o veículo que ela estava foi atingido por um carro de passeio, pilotado por Victor Hugo dos Reis Morais.
Segundo denúncia do Ministério Público, Victor trafegava em alta velocidade, no sentido contrário. A cantora morreu no local com a colisão. O g1 tentava contato com a defesa dele até a publicação da reportagem.
Brenda disse que, enquanto isso, “o processo encontra-se parado para análise da Justiça”. O caso envolvendo crime no trânsito tramita pela Vara Criminal de Benevides, enquanto a defesa entrou com recurso a fim de evitar que o réu vá a júri popular.
Cleide Moraes morreu em acidente de trânsito no domingo (26).
Reprodução/ Redes sociais
Segundo Brenda, à época das investigações, policiais já tinham constatado que o motorista estava “embriagado e visivelmente alterado” no dia do atropelamento.
“Foram feitos todos os procedimentos, com testemunhas, as perícias, tudo isso é relatado não só por policiais, como também pelas testemunhas. Era para ele estar preso”.
Acusado de responder por homicídio qualificado consumado, no caso de Cleide, e tentado em relação a Miguel Marques da Silva, músico que estava no carro com a cantora, Victor Hugo obteve liberdade em julho de 2020, após pagamento de fiança no valor de R$ 10.450,00.
“A vida da minha mãe custou dez salários mínimos”, diz Brenda.
Carro envolvido em acidente que matou a cantora Cleide Moraes
Reprodução/ TV Liberal
“Não que a prisão dele traga paz aos nossos corações, mas poderia aliviar saber que a pessoa que tirou a vida da sua mãe está pagando pelo que fez, é isso que a minha família busca todos os dias. A falta dela vai continuar nesse terceiro ano que se finda dessa saudade”.
A família convocou nesta amigos e familiares para missa na Igreja de Nossa Senhora do Ó, no distrito de Mosqueiro, ilha de Belém, nesta quarta-feira, a fim de homenagear Cleide, onde ela já se apresentou enquanto viva.
A filha, Brenda, disse também que amigos organizaram outras homenagens em missas de igrejas da região metropolitana de Belém.
VÍDEOS: veja todas as notícias do Pará
Leia mais notícias do estado no g1 Pará
Morte da cantora paraense conhecida como ‘Rainha da Saudade’ chega ao terceiro ano sem respostas; ‘sentimento de vazio’, diz filha
Adicionar aos favoritos o Link permanente.