Polícia Federal investiga servidores do Incra por suspeita de transferência ilegal de terras da União na Amazônia

Por anos, documentos eram falsificados para transferência de terras públicas a terceiros, segundo PF. Um dos investigados chegou a oferecer serviço ilícito a policial durante as investigações. Servidores do Incra de Itaituba sãoalvo da PF por suspeita de fraudes em documentação
PF/Divulgação
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta segunda-feira (7) uma operação que investiga servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) por suspeita de falsificar documentos para transferir terras públicas da União na Floresta Amazônica a particulares.
A ‘operação Balcão de Negócios’ cumpre cinco mandados de busca e apreensão em Itaituba, no sudoeste do Pará, e tem entre os alvos um corretor de imóveis e dois servidores do Incra suspeitos da fraude.
PF cumpre mandados em operação contra servidores do Incra em Itaituba
Um dos “servidores investigados chegou a oferecer, espontaneamente, os serviços ilícitos aos policiais que atuavam de forma velada” durante as investigações. Há suspeita é que as fraudes ocorriam há anos e na própria sede do Incra de Itaituba.
“Um corretor imobiliário, filho de um ex-titular do cartório de registro de imóveis na cidade, seria o elo entre os particulares interessados e os servidores que fraudariam a documentação”, afirmou a PF.
O Incra já tinha procedimento Administrativos Disciplinares contra os servidores investigados.
“As investigações tiveram início após funcionários de um cartório de registros de imóveis local suspeitarem das assinaturas e da formatação de documentos do Incra durante uma tentativa de transferência de imóvel público para terceiros. O cartório oficiou ao Incra, que confirmou a falsificação dos documentos”, informou a PF.
Os mandados são cumpridos por policiai federais de Santarém e foram expedidos pela Justiça Federal em Itaituba. “O nome da operação faz alusão à utilização, pelos sevidores, da sede do órgão como verdadeiro balcão de negócios ilícitos”, informou a PF.
As investigações seguem em andamento. Não foi informado o quantitativo de terras públicas que podem ter sido transferidas de forma fraudulenta a particulares. O g1 pediu posicionamento ao Incra e aguarda retorno.
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