COP 30 em Belém: chefes de Estado poderão ficar em navios por falta de leitos em hotéis, diz Helder Barbalho

Transatlânticos e escolas devem ser alternativas para falta de leitos na capital paraense. Governador do Pará avaliou Cúpula da Amazônia como teste e ‘primeiro passo’ para COP em 2025. Transatlântico Insígnia, da empresa marítima Oceania Cruises, será o primeiro a ancorar em Manaus, dando início à temporada de cruzeiros na cidade.
Divulgação/Manauscult
“Balanço extremamente positivo”, avaliou o governador do Pará (MDB), Helder Barbalho (MDB), sobre a Cúpula da Amazônia em Belém. Segundo ele, o evento foi o “primeiro passo” para a capital paraense sediar a COP 30, em 2025. Até lá, o governo trabalha para amenizar problemas, como a falta de leitos na rede hoteleira, incluindo suítes presidenciais. Entre as possibilidade estar hospedar os chefes de estado em navios transatlânticos.
“No que for excedente, que necessite da especificidade do perfil do leito, faremos ações temporárias. Por exemplo, leitos de auto luxo para chefes de Estado: deveremos trabalhar com alternativa de navios que estarão sendo contratados por privados, mas que o governo estadual participará, junto com governo federal e municipal, da construção dessa solução”.
“Trabalharemos com alguns cenários já diagnosticados por nós, vamos trabalhar com solução de leito, com estratégias”, disse o governador em entrevista ao g1 na tarde desta quarta-feira (9).
Cúpula da Amazônia: presidente Lula abre conferência em Belém, ao lado do governador do Pará, Helder Barbalho
Marco Santos/Agência Pará
Veja abaixo as possibilidade apontadas pelo governo para hospedagem na COP:
– “modernização do atuais leitos existentes, isso é legado”;
– “utilizar espaços públicos, como escolas, para que possam ser modernizadas e possam ser utilizadas no período da COP com áreas de leitos. Isso é legado porque no dia que acabar a COP, tenho uma escola toda estruturada para a atualidade da educação”;
– “seleção e classificação de imóveis que estejam sendo utilizados por servidores públicos, que possam ser utilizados e também se promovam legados”;
– “leitos de auto luxo para chefes de Estado: deveremos trabalhar com alternativa de navios”.
As alternativas mencionadas como escolas e navios é uma forma encontrada para que não se invista em construções que fiquem ociosas após o evento.
Atualmente Belém não está na rota de grandes transatlânticos de luxo e melhorias devem ser feitas no porto para que até 2025 embarcações desse porte possam atracar: O canal que tem 6 metros deve ter 9,8 metros. No Pará, Santarém tem essa estrutura.
“Apesar de ser cíclico, isso deixará legado. Belém terá condição de estar na rota dos grandes cruzeiros. Até mesmo porque não há dúvida, que no dia seguinte à COP, Belém entra na rota da curiosidade e passará a ser a capital na Amazônia, estimulando visitações para o ecoturismo, como legado,como centro de bioeconomia”, disse Helder.
Área portuária de Belém dará lugar ao Porto Futuro 2, em Belém.
Reprodução / Agência Pará
A Cúpula da Amazônia foi realizada em Belém na terça(8) e nesta quarta-feira (9) reunindo chefes de estados de diferentes países. O encontro foi idealizada pelo governo brasileiro com principal objetivo fortalecer a OTCA, que age para promover desenvolvimento sustentável na área.
Segundo Helder, todos foram, fundamentais na realização do evento que mobilizou a cidade e quem participou do evento deixou claro que vai “levar a melhor impressão deste evento sobre o aspecto da organização, levar a melhor impressão da forma calorosa e receptiva como Belém e o povo do Pará recebeu a todos”.
Sobre outros problemas na cidade, além da falta de rede hoteleira, o governador disse que o legado deve ser o carro chefe, estimulando obras que sejam proveitosas para a cidade após o evento.
“Belém não se diferencia de todos centros urbanos do Brasil, que têm problemas de mobilidade urbana, de tratamento de esgoto, de resíduos sólidos, de abastecimento de água , que têm problemas sociais. O que vamos construir até 2025 é qual agenda podemos implementar para fazer deste problema solução para entregar legado à população”, disse.
Questionado sobre haver outras cidades brasileiras mais preparadas para o evento, Helder rebateu:
“De forma regular, um evento como COP acontece na cidade mais importante do país, na cidade mais estruturada do país. O por que Belém? Porque nós não queremos fazer um evento sobre natureza que apresente a cidade mais estruturada ou a cidade que já tem o turismo consolidado. Apresentamos Belém porque queremos que a Amazônia seja o palco desse processo”, disse.
“É fundamental que todos os estados amazônicos compreendam de que Belém está escolhido como sede, mas acima de tudo, o que faz a COP 30 estar aqui é a Amazônia e todos os estados devem se sentir mobilizados e envolvidos em torno desta causa”, afirmou o governador do Pará sobre a COP 30.
Leia também:
‘Imagina na COP’: moradores reclamam de espaços cheios e filas com eventos climáticos em Belém
COP 30 vai deixar legado para Belém, diz vice-governadora

Adicionar aos favoritos o Link permanente.