Governador do Pará disse na abertura do maior evento de mineração do Brasil que é preciso conciliar mineração e a intenção de desenvolver economia verde no estado. Helder Barbalho em abertura da Expoibram
Marcos Santos
O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), defendeu a exploração de minério no estado e no Brasil, e destacou a importância de garantir a rastreabilidade da atividade, para combater a prática ilegal de mineração. A declaração ocorreu na noite desta segunda-feira (28), no evento que abriu oficialmente a Expo & Congresso Brasileiro de Mineração – Exposibram 2023, no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém. Trata-se do maior evento de mineração do país.
De acordo com o governador, é preciso defender uma política conciliatória, que reconheça a importância do minério para a economia, mas de forma que sejam fomentadas outras vocações para que a economia passe por uma transição voltada a bioeconomia. “Desejamos uma economia conciliatória e não excludente. O estado do Pará deseja continuar tendo como vocação a riqueza do que subsolo, mas o estado do Pará compreende sobretudo que a floresta é a maior riqueza e geradora de emprego do futuro, voltado à floresta viva, para a biodiversidade e economia verde. Sabemos que o apoio do Ibram é fundamental para a transição da econômica no estado atrelada ao novo tempo”.
Helder destacou a importância do setor minerário para a geração de emprego, e falou da necessidade de o Brasil garantir a rastreabilidade do minério. “Só no Pará são mais de 60 mil empregos gerador pela mineração, sem considerar os indiretos. Queremos que o estado do Pará possa fazer o manejo da forma correta. O Brasil precisa fomentar que a rastreabilidade seja algo claro, institucionalizado e condicionante para a atividade da mineração, para garantir que seja uma atividade licenciada e legal”, declarou. “É fundamental que nós possamos rastrear toda e qualquer atividade minerária no Brasil, para que nós possamos ter absoluta certeza de que o produto explorado é oriundo de áreas que estejam legalmente exploradas, com licença ambiental, com autorização de exploração de lavra e, consequentemente, nós possamos certificar estes produtos que estejam compatíveis com aquilo que desejamos de uma atividade que respeite o meio ambiente”, enfatizou.
Baixo carbono
“Nós desejamos que a atividade da mineração possa financiar a economia de baixo carbono, a bioeconomia e, particularmente, fazendo das reservas florestais e das áreas de floresta permanente no Estado áreas que permitam participar da captura de carbono e, consequentemente, de um mercado regulado, que monetize floresta e monetize este processo”, declarou Helder.
“Da mesma forma, nós precisamos ter absoluto fortalecimento das atividades de licenciamento para a convicção e certeza de que esta atividade, ao tempo em que explora solo e subsolo, possa estar licenciada e legalmente cumprindo as regras de recomposição das áreas antropizadas (alteradas pela ação do homem), das áreas derrubadas, como também das compensações necessárias para que possa mitigar os impactos oriundos da atividade minerária”, reiterou Helder Barbalho.
‘Pará não vai abrir mão do ativo minerário. Queremos a rastreabilidade’, diz Helder Barbalho em evento da Ibram
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