Após criar novo programa, governo revoga ‘Abrace o Marajó’, alvo de críticas por falta de participação social

Projeto, que foi criado em 2019, foi substituído pelo ‘Cidadania Marajó’ em maio deste ano. Ministério visitou cidades do Marajó para diagnosticar realidade e anunciar medidas
Matheus Bacellar/Arquivo MDS
O governo federal revogou o programa “Abrace o Marajó”, criado em 2019 pelo então Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. A medida foi publicada nesta terça-feira (5).
Lançado pela então ministra Damares Alves, o “Abrace o Marajó” foi criado com objetivo de facilitar o acesso aos direitos humanos da população que vive no Arquipélago do Marajó. A região conta com cerca de 500 mil habitantes.
À época do lançamento, o governo anunciou que um dos pilares do programa seria o combate à exploração sexual e violência contra crianças, adolescentes, mulheres e idosos.
Em 2021, entidades da região criticaram as ações do programa, alegando que se “resumiam à entrega de cestas básicas”, além de apontar que não havia participação popular.
Depois disso, órgãos como a Defensoria Pública da União e do Ministério Público Federal sugeriram que o governo federal adotasse medidas para “garantir a efetiva participação social” no programa.
Damares e o Marajó: cronologia da relação da ex-ministra e o arquipélago com piores IDH do Brasil
Programa substituto
Em maio deste ano, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania anunciou um novo programa na região, batizado como “Cidadania Marajó”, substituindo o projeto que foi revogado.
O novo programa também tem como objetivo o combate ao abuso exploração sexual na região, além de promoção dos direitos humanos e acesso a políticas públicas.
VÍDEOS: mais assistidos do g1

Adicionar aos favoritos o Link permanente.