Sobreviventes e familiares dos 23 mortos em naufrágio protestam em Belém: ‘que nossa voz seja ouvida’


Manifestantes se reuniram no Terminal Hidroviário de Belém e seguiram em caminhada até a Alepa, cobrando respostas sobre a tragédia que ocorreu próximo à ilha de Cotijuba, em Belém, e que completou um ano na última sexta-feira (8). Parentes e amigos fazem manifestação por naufrágio da Lancha D Lourdes II, e pedem justiça
Sobreviventes e familiares dos 23 mortos no naufrágio que ocorreu próximo à ilha de Cotijuba, em Belém, se mobilizaram em uma manifestação nesta terça-feira (12). O caso completou um ano na última sexta (11).
Vindos do Marajó, os manifestantes mostraram indignação pela lentidão do processo que tem Marcos Oliveira como réu. Ele era o comandante responsável pela lancha Dona Lourdes II e segue em liberdade.
O protesto iniciou com uma concentração no Terminal Hidroviário De Belém e seguiu em uma caminhada até a Assembleia Legislativa do Pará (Alepa).
Camisa estampa o rosto de todas as vítimas do naufrágio.
Fábia Sepêda / TV LIberal
A embarcação saiu de um porto clandestino em Cachoeira do Arari, no Marajó, no dia oito de setembro de 2022, com destino a capital Belém. Entre os 23 mortos estavam mulheres, homens e crianças.
“Que a nossa voz seja ouvida em todo o Pará, porque nós estamos na luta e não vamos desistir. Somos seres humanos e precisamos de respeito. Que as autoridades tomem providências”, pediu dona Diva, mãe de uma das vítimas do ocorrido.
Os familiares e sobreviventes fazem questão de pontuar que uma das 23 mortes foi de uma mulher grávida, e, por isso, consideram 24 vítimas no naufrágio.
Manifestantes durante protesto nesta terça-feira (12).
Débora Soares / TV Liberal
A Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Estado do Pará (Arcon-PA) confirmou que a Dona Lourdes II não tinha autorização para operar no Terminal Hidroviário da Foz do Rio Camará, de onde embarcações regulares partem do Marajó.
Em trâmite na Justiça, a acusação diz que houve omissão de socorro. Depoimentos relataram que o comandante pulou no barco com sua esposa para se salvar e fugir, sem desamarrar os botes para que os tripulantes pudessem usar. A defesa nega.
Sobre o caso, a Justiça do Pará disse apenas que “o processo no qual figura como réu Marcos de Souza Oliveira está em tramitação na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Belém”.
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