Quem era ‘cabeça seca’, ave que viveu 40 anos no Parque Zoobotânico mais antigo do Brasil

Ave ‘era um dos animais mais longevos e se tornou um ícone’, informou equipe do museu nesta sexta-feira. Cabeça seca viveu por cerca de 40 anos no Museu Emílio Goeldi, em Belém
Museu Goeldi/Divulgação
O Parque Zoobotânico do Museu Emílio Goeldi, em Belém, perdeu um ancião. Um cabeça seca que viveu por 40 anos no zoobotânico mais antigo do Brasil morreu este mês.
Ele “era um dos animais mais longevos e se tornou um ícone”, informou a equipe do museu nesta sexta-feira (22), ao divulgar a morte.
O nome oficial da ave pernalta era também como ele era chamado pelos visitantes e por quem trabalha no local. O cabeça seca era conhecido pela cautela ao caminhar, em não disputar alimentos e na escolha dos locais ao dormir.
“Tinha um comportamento muito tímido e calmo, talvez também por conta da fragilidade física, mesmo sendo maior que outros animais”, conta o veterinário e curador da fauna do Parque Zoobotânico, Messias Costa.
“Ele caminhava diariamente. Saia do lago dos tambaquis, que era onde morava, e variava os locais dentro do Parque. Dividia a comida com as cotias e as garças visitantes”, completa.
Cabeça seca viveu por cerca de 40 anos no Museu Emílio Goeldi, em Belém
Museu Emílio Goeldi
Ainda segundo o veterinário, o animal era independente, circulava sozinho e a “convivência da espécie no Parque trouxe ensinamento sobre liberdade e bem-estar, tanto para os visitantes quanto para a equipe de cuidadores da fauna”.
Ave migratória encontrada dos Estados Unidos até a Argentina, o cabeça seca pode ser visto em quase todo país, mas geralmente habita o Pantanal.
Ele era visto no parque zoobotânico perto de pequenas lagoas ou com a ponta do bico imersa procurando peixes. Ele não gostava da aproximação dos humanos, ainda de acordo com a equipe do local e estava com artrose, por causa da idade avançada.
Mesmo assim, estava saudável e tinha uma rotina que demonstrava qualidade de vida, ainda conforme a equipe do museu, que optou por deixá-lo viver livre no local, sem interferências para não estressá-lo. A expectativa de vida dessa ave é de 40 anos.
O corpo do cabeça seca deve ser taxidermizado e depois, ficará disponível para visitação. A data não foi divulgada.
ave viveu cerca de 40 anos no Museu Emílio Goeldi
Museu Emílio Goeldi
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