‘Ter um filho passando por uma guerra longe, não é nada fácil’, diz mãe de paraense que mora em Israel

Alberto Carduner, de 21 anos atua no Exército israelense, país que está sob conflito com o grupo extremista Hamas, no Oriente Médio. Mãe de paraense em Israel teme pela vida do filho após bombardeios
Reprodução/Acervo Pessoal
A mãe do paraense Alberto Carduner, de 21 anos, morador de Israel, país que foi bombardeado e está em conflito com o grupo extremista Hamas, teme pela vida do filho que atua no Exército israelense, no Oriente Médio.
“Ele está no meio de uma guerra. Meu coração de mãe está em pedaços, na verdade encontro-me anestesiada, ter um filho passando por uma guerra longe, não é nada fácil”, diz a mãe Karen Serruya.
O paraense se mudou em 2017 para o país no intuito de estudar, mas após um ano ingressou no Exército e desde então se encontra no distrito de Haifa, localizado na região norte de Israel.
Paraense que atua no exército israelense
Reprodução/Acervo Pessoal
A mãe do jovem detalha que logo após o primeiro bombardeio durante o último sábado (7), chegou a receber uma mensagem ainda pela manhã do filho avisando que estava tudo bem. Alberto descreveu “mãe não te preocupa, estou bem” e no dia seguinte os dois conversaram através de vídeo chamada.
O paraense informou a mãe que na cidade onde está trabalhando, em Pardes Hana Karkur, não houve nenhum sinal de ataque naquele momento, mas que o país já enfrenta algumas restrições.
“Ele está chocado com tudo isso que aconteceu, nunca pensou em passar por uma situação desta. O país está com toque de recolher e só podem sair para coisas essenciais”, revela a mãe.
Medo de ataques
Os ataques em Israel estão acontecendo principalmente na região Sul do país e desde o início do conflito até esta segunda-feira (9) mais de 1.500 pessoas morreram.
O país anunciou ainda nesta segunda que nas últimas 48 horas já convocou 300 mil reservistas para se preparar para uma ofensiva.
A mãe do paraense declara que pretende respeitar a posição do filho caso queira atuar na linha de frente do conflito, mas já percebeu a tristeza e indignação em seus olhos diante de todo o caos.
“Irei orientar para ele seguir a sua vontade. Mas é perceptível em seus olhos a tristeza e indignação”, revela a mãe.
Amigo entre desaparecidos
Um amigo de Alberto está entre os jovens que participavam de um festival de música eletrônica atacado no último sábado (7) pelo grupo extremista Hamas em Israel. Segundo a mãe os dois estiveram juntos há uma semana e até o momento, o jovem ainda não foi localizado.
“Ele tem um amigo desaparecido que estava no momento do ataque na rave, por outro lado, também outros amigos que estão no Exército e estão indo para o front em Gaza”, declara Karen.
Segundo a paraense, neste momento o filho não pretende retornar ao Brasil por estar prestando serviço militar em Israel.
Recentemente, em agosto deste ano, Alberto esteve em Belém, capital do Pará visitando a família, o que conforta a mãe que deseja que o filho esteja seguro e feliz no país que escolheu morar.
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*Sob supervisão de Valéria Martins
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