Conselheira tutelar é presa suspeita de coagir família de vítima de estupro no PA; defesa diz que ela foi maltrata pela polícia

Caso aconteceu em Igarapé-Açu, no nordeste do Pará. Conselheira foi presa na segunda-feira (9) pelos crimes de coação no curso do processo, produção de prova ilícita e violência institucional. Conselheira tutelar de Igarapé-Açu é presa por coagir família de uma vítima de estupro
Uma conselheira tutelar foi presa em Igarapé-Açu, no nordeste do Pará, sob a suspeita de coagir a família de uma vítima de estupro. A defesa da conselheira informou que ela já está em liberdade e que a prisão será apurada na corregedoria da polícia.
Segundo as investigações da Polícia Civil, a conselheira é parente de um homem que está sendo investigado por estupro de vulnerável. A polícia disse que no último sábado (7), ela queria ter acesso à carceragem onde o suspeito está preso.
A PC afirmou que o procedimento não é permitido, porém para os policiais, a mulher disse que teria sim o direito de fazer isso, porque é conselheira tutelar.
Os policiais ainda apontam que a conselheira descobriu o endereço dos familiares da vítima de estupro para coagi-los a alterar a versão dos fatos. A PC diz que a mulher constrangeu-os e alegou que a família teria problemas.
A conselheira tutelar foi presa na segunda-feira (9) pelos crimes de coação no curso do processo, produção de prova ilícita e violência institucional.
Já a defesa diz que ela foi até a delegacia para verificar a informação de um possível abuso sexual contra uma menor de idade e que “foi maltrata pelo delegado, que se recusou a informar se o caso envolvia realmente uma menor”.
“Ao contrário do que a polícia divulgou, o suposto agressor sexual não é parente da Conselheira”, diz o advogado César Ramos.
A defesa também informou que “sob a alegação de que a Conselheira estaria interferindo no trabalho dele, (o delegado) foi até casa dela, deu-lhe voz de prisão e a arrastou violentamente de dentro do imóvel”.
César Ramos diz que a conselheira foi solta na tarde desta terça-feira (10) e que o “juiz deferiu o envio dos autos da prisão em flagrante para a Corregedoria de Polícia Civil apurar a conduta abusiva do delegado de polícia”.
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