Festival Música na Estrada apresenta concertos gratuitos no Theatro da Paz, em Belém

Eventos, que integram a 9ª edição do Festival, ocorrem no Theatro da Paz de nesta sexta (13), sábado (14) e domingo (15) Reunindo grandes expoentes da música erudita, o Festival Música na Estrada – 9ª edição apresenta, a partir desta sexta-feira (13), três espetáculos musicais no Theatro da Paz, em Belém. A entrada é gratuita.
Na sexta-feira (13), às 20h, a Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP) e o solista Philip Doyle (trompa), sob direção e regência de Miguel Campos Neto, apresentam a 5ª Sinfonia do compositor austríaco Gustav Mahler. A obra, composta em 1902, é muito conhecida por iniciar com uma marcha fúnebre, trazendo um tom de melancolia e tristeza, sendo uma ruptura com o estilo das sinfonias que ele compôs anteriormente (2ª, 3ª e 4ª).
De acordo com Campos Neto, Mahler é um importante compositor para a história da música sinfônica. “Como se trata de um momento especial, buscamos para este concerto fazer um grande evento sinfônico. E Mahler é um sinônimo de virtuosismo orquestral com obras emblemáticas, pouquíssimo executadas em Belém, onde já foram apresentadas apenas a 1, 2 a 4 e a 5 sinfonias, das nove que ele compôs”, explica o maestro. A própria 5ª Sinfonia só foi apresentada uma única vez na capital paraense, pela OSTP.
No sábado (14), às 20h, chega a vez do espetáculo multimídia “EcoMúsica – Vozes da Natureza”, que mostra diálogos de um piano e sons da natureza, com Fábio Caramuru ao piano e Thaina Souza (cantora) e Luiz Sena (violoncelo) como convidados especiais, e também projeções em vídeo de Cecília Lucchesi. No repertório, obras como “Dindi”, “Amparo”, “Sabiá” e “Desafinado”, de Tom Jobim; e “Cigarra”, “Araras”, “Uirapuru”, “Harpia”, de autoria do pianista, dentre outras.
Caramuru, autor da obra EcoMúsica, conta que o projeto surgiu em 2013 quando ele conviveu com diversos animais em uma fazenda. “Tinha todo um barulho e um colorido, imagens e sons que me atraíram, e isso me deu um insight: preciso trabalhar com som desses bichos, com essa riqueza. Eu sempre tive interesse em ampliar minha atuação musical, essa foi a oportunidade. Comecei a fazer experiências, compor e gravar com sons de animais que coletei da Fonoteca Neotropical Jacques Vielliard (FNJV), de Campinas. Teve cigarra, grilo e alguns anfíbios, mas a maioria dos sons que usei são de pássaros”, explica o pianista.
o evento é apresentado pelo Instituto Cultural Vale, e é uma realização da Lei Federal de Incentivo à Cultura, por meio do Ministério da Cultura, do Governo Federal e da Kommitment Produções Artísticas.
Celebração
No domingo (15), às 19h, a programação do Festival Música na Estrada se encerra na capital paraense com o Quinteto Villa-Lobos – Celebração de 60 anos, com a participação especial da pianista paraense Adriana Azulay. O grupo – formado por Rubem Schuenck (flauta), Rodrigo Herculano (oboé), Cristiano Alves (clarineta), Philip Doyle (trompa) e Aloysio Fagerlande (fagote) – foi fundado em 1962, desde então esmera-se na divulgação da música de câmara brasileira, ao mesmo tempo em que amplia seu repertório por vários gêneros.
Essa singularidade confere competência e popularidade às apresentações do Quinteto Villa-Lobos em espaços públicos e em escolas da rede de ensino. Na capital paraense o programa terá “Variações Sérias sobre um tema de Anacleto de Medeiros”, de Ronaldo Miranda; “Serenata a Cinco”, de Edino Krieger; “Martelo”, das Bachianas Brasileiras N˚ 5, de Heitor Villa-Lobos, com adaptação de Nelson Ayres; Suíte Norte, Sul, Leste, Oeste, de Hermeto Pascoal, com arranjo de Jacques Morelenbaum; “Sonatina a Seis”, de Radamés Gnattali, para flauta, oboé, clarineta, trompa, fagote e piano, com a convidada Adriana Azulay.

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