Imersão dentro de metaverso amazônico abre visitação para o público em Belém

Exposição via óculos de realidade virtual permite ao público a experiência de entrar nas obras audiovisuais em um cenário 3D. São 12 filmes que estarão em cartaz de 17 a 24 de outubro Imersão “Amazônia Mapping em Realidade Virtual”
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A imersão “Amazônia Mapping em Realidade Virtual” que faz o público mergulhar em uma Amazônia ancestral e futurista está aberta em Belém. A mostra conta com 12 obras de realidade virtual e fica em cartaz gratuitamente de 17 a 24 de outubro, na Casa das Artes, no centro da capital.
Quem se interessar vai poder assistir conteúdos audiovisuais em VR, utilizando óculos de realidade virtual em uma experiência única de interação com obras, performances artísticas, encontros entre música e imagem, e videomapping.
O projeto de idealização e direção de Roberta Carvalho, que assina curadoria ao lado de Aíla, diretora artística do projeto, atua em Belém há dez anos, realizando macro projeções mapeadas em ambientes urbanos da Amazônia.
“O público vai poder imergir nos conteúdos 360°, tudo como se estivesse lá, exatamente no ambiente onde isso tudo foi filmado, captado. É algo mágico, tenho certeza que as pessoas vão amar, se emocionar, sentir tudo”, detalha Aíla.
A realidade virtual é uma tecnologia que permite ao usuário experimentar um ambiente simulado por meio de um headset, um óculos de realidade virtual que substitui a visão e a audição por imagens e sons gerados por computador.
Imersão “Amazônia Mapping em Realidade Virtual”
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Isso cria uma sensação de imersão no ambiente virtual e permite a interação com ele de maneira mais natural e intuitiva. A imersão já se tornou pioneira na região Norte do país, sendo um dos maiores eventos de arte e tecnologia do Brasil.
“O projeto revela Amazônia imaginária, criada em um ambiente imersivo que propõe uma viagem às realidades expandidas, através de apresentações de diversos artistas. É uma vivência inovadora para o público, além de promover a arte, tecnologia e a cultura amazônida de forma inclusiva”, detalha Roberta.
Artes virtuais
A exposição apresenta uma série de obras notáveis, incluindo músicas de “Sentimental”, o álbum mais recente de Aíla.
O artista Jean Petra também é convidado a contribuir com intervenções que incorporam elementos e objetos digitais aos vídeos, criando uma narrativa surrealista e conteúdo híbrido.
Outra obra da dupla paraense é o filme-performance “Reflexo”, onde Aíla usa máscaras de espelho no meio da floresta, estabelecendo um diálogo entre sua própria imagem, os reflexos da floresta e as esculturas digitais ao seu redor, criadas por Jean Petra. Essas esculturas promovem conexões entre tecnologia, sagrado e natureza.
Os artistas Nelson D e Bianca Turner, em uma excursão única, incorporam ritmos tradicionais com elementos sintéticos, criando uma obra de ficção científica e distopia indígena que se desenvolve na Floresta Digital, com telas vibrando entre as centenárias samaúmas. O espiritual se entrelaça com o carnal, o ancestral com o contemporâneo.
Imersão “Amazônia Mapping em Realidade Virtual”
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A primeira DJ e produtora de tecnomelody do Pará, DJ Méury, apresenta suas produções no Amazônia Mapping pela primeira vez, acompanhada pelo artista visual paraense PV Dias.
As obras compostas são projetadas em uma grande tela em um domo flutuante na ilha virtual e estão sincronizadas com a música tocada por DJ Méury. Além disso, PV apresenta um objeto de arte modelado em 3D, chamado de Altar Sonoro.
Na obra “Alma da Selva”, dos artistas Microdosys e Lumina Chebel, com trilha sonora de Irû Waves, o público embarca em uma jornada em direção ao coração da floresta, explorando suas raízes mais antigas até sua manifestação na presença dos animais.
A selva se revela como um organismo único, pulsante e em constante transformação, projetada na fachada de uma das catedrais do Amazônia Mapping.
A obra “Crisálida”, criada pelo paraense Rafael Bqueer e com trilha sonora de Will Love, apresenta uma performance orientada para vídeo que transforma o corpo da artista em uma escultura viva, um híbrido de corpo e natureza que se camufla e se transforma, desafiando os limites da arte.
Outro destaque é “Resiste!”, uma criação de Roberta Carvalho com trilha sonora de João Deogracias. A obra oferece um mergulho profundo no universo amazônico e seus personagens, criando uma poesia visual sobre temas urgentes, como a preservação e as reconexões com a natureza.
Serviço
Mostra Amazônia Mapping em Realidade Virtual
Data: Em cartaz de 17 a 24 de outubro
Horário: 9h às 17h
Local: Casa das Artes, localizada na R. Dom Alberto Gaudêncio Ramos, 236, Nazaré, Belém
Entrada franca
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