Nilson Chaves, Lia Sophia, Lucinnha Bastos: Teatro Margarida Schivasappa reabre com show que reúne mais de 20 intérpretes, em Belém


Programação segue pelo final de semana com espetáculos de teatro de dança. Nilson Chaves, Lucinha Bastos e Lia Sophia
Divulgação
Após um ano em reforma, o Teatro Margarida Schivasappa reabre ao público nesta sexta-feira (15), com o show “Dança de tudo: uma homenagem a Nilson Chaves”, reunindo mais de 20 intérpretes, entre os quais as cantoras paraenses Andréa Pinheiro, Lia Sophia, Lucinnha Bastos e Nazaré Pereira, e de outros Estados, como Ceumar, Delia Fischer e Lucina. Todos subirão ao palco para reverenciar a obra do cantor e compositor paraense Nilson Chaves.
Situado no Centur, sede da Fundação Cultural do Pará (FCP), em Belém, o Teatro Margarida Schivasappa passou por moderno processo de renovação durante um ano. Após obras estruturais, aquisição de novos equipamentos e poltronas, o teatro será reaberto com uma programação acessível e solidária, idealizada pela Fundação Cultural para contemplar todas as vertentes artísticas.
A programação de reabertura do teatro prosseguirá no sábado (16) com dois espetáculos, para os públicos adulto e infantil. A companhia de teatro Palhaços Trovadores voltará aos palcos com “Musiclown”, enquanto o Grupo Experiência estreará “Belém-Bragança – Os trilhos da esperança”.
No domingo (17) será realizada uma programação em parceria com o Circuito Norte em Dança e a Cia. Blessed de Artes Cênicas. Sob a curadoria de Igor Marques, serão apresentados quatro espetáculos de dança, com a participação de grupos dos municípios de Belém, Ananindeua, Castanhal e Marituba.
Toda a programação de reabertura do “Margarida Schivasappa” terá acessibilidade e ingressos serão trocados por alimentos não perecíveis, destinados às ações de solidariedade da FCP.
O Teatro Margarida Schivasappa completou 36 anos em 2023. Ao longo dessa história de mais de três décadas, o espaço promoveu projetos de incentivo à cultura, oferecendo pautas gratuitas para músicos, atores e bailarinos, que obtiveram apoio da FCP para a utilização de toda a infraestrutura sem custos, incluindo equipamentos de som, iluminação e apoio de equipe técnico para os espetáculos.
Pelo palco já passaram companhias de bairros da periferia de Belém, alunos de escolas públicas e particulares, eventos de causas solidárias, grupos do interior, espetáculos de produção independente e outras manifestações artísticas. Também já recebeu artistas reconhecidos do cinema e da dramaturgia, orquestras, grupos de dança, de teatro e de circo.
Quem foi Margarida Schivasappa?
Margarida Schivasappa foi professora de Canto Orfeônico, folclorista, membro da Academia Paraense de Teatro, diretora de teatro, carnavalesca e fundadora da Sociedade Paraense de Educação. Nasceu em Belém no dia 10 de novembro de 1895. Filha de Henrique Schivasappa e Corina da Costa Schivasappa, ela estudou no Instituto Carlos Gomes e, posteriormente, no Conservatório de Canto Orfeônico.
Aluna de Heitor Villa-Lobos e reconhecida por Bibi Ferreira, Margarida deixou grande contribuição à cultura do Pará e atuou decisivamente para o crescimento das artes cênicas na região Norte. “A homenagem pode ser considerada uma celebração à vida, porque o Nilson sobreviveu à Covid-19 e, felizmente, prossegue inspirado na missão de cantar a Amazônia há mais de quatro décadas. Os artistas convidados revisitarão canções de todas as fases da trajetória do Nilson, sob a produção musical do Jardim Percussivo, um projeto de pesquisa do percussionista Márcio Jardim sobre os ritmos da Amazônia. É uma orquestra de percussão com mais de dez integrantes”, explica o compositor Arthur Nogueira, coordenador de Projetos da Fundação Cultural do Pará e diretor do show “Dança de tudo”, ao lado de Olivar Barreto.
Programação de reabertura
Música
15/12 – 20 h – Show “Dança de tudo: uma homenagem a Nilson Chaves”
Com Alba Mariah, Allex Ribeiro, Almirzinho Gabriel, Andréa Pinheiro, Arthur da Silva, Arthur Nogueira, Ceumar, Delia Fischer, Eudes Fraga, Íris da Selva, Jardim Percussivo, Joana Marte, Lia Sophia, Lucina, Lucinnha Bastos, Malu Guedelha, Nazaré Pereira, Nilson Chaves, Olivar Barreto, Pedrinho Callado, Pedrinho Cavalléro e Simone Almeida.
Dirigido por Arthur Nogueira e Olivar Barreto, o show reúne intérpretes de diferentes gerações, do Pará e de outros estados. No encontro inédito, os cantores subirão ao palco acompanhados pelo Jardim Percussivo, grupo criado a partir de uma pesquisa sobre percussão amazônica realizada pelo multi-instrumentista Márcio Jardim, integrante do Trio Manari.
Teatro
16/12 – 16 h – Musiclown – Grupo: Palhaços Trovadores
20 h – Belém-Bragança – Os trilhos da esperança – Grupo: Experiência
Musiclown – Novo trabalho dos Palhaços Trovadores reúne músicas do cancioneiro popular e trovas criadas por um dos seus integrantes. A poética dos Palhaços Trovadores é inspirada nos folguedos populares sempre utilizados pelo grupo.
Belém-Bragança – Os trilhos da esperança – A estrada de ferro que ligou Belém à cidade de Bragança, no nordeste paraense, entre os anos de 1884 e 1965, foi planejada como projeto de integração entre as duas cidades, e também como oportunidade de ocupação das grandes extensões de floresta paralelas aos trilhos da ferrovia. O trem resultou em desenvolvimento econômico e cultural, permitindo que famílias abastadas enviassem seus filhos para estudar em Belém.
Muitas histórias nas quase nove horas de viagem entre Belém-Bragança-Belém levaram o diretor Geraldo Sales a contar, na linguagem teatral, uma viagem fictícia entre as duas cidades, a partir de narrativas coletadas entre quem teve a oportunidade de viajar pela ferrovia.
Dança
17/12 – 17 h – Raízes – Grupo: Dançarte e Polo Integrado Casa da Cultura – Marituba
18 h – Habitante-Criador – Grupo: Casa Ribalta – Ananindeua
19 h – Anauê Anassanduá – Grupo: Studio Alpha – Castanhal
20 h – Palhaço! – Alusão aos 200 anos do Brigue Palhaço – Grupo: Cia Attuô – Belém
Dança – Dançarte e Polo Integrado Casa da Cultura (Marituba) – Raízes
– O espetáculo de dança contemporânea “Raízes” narra a origem dos povos originários da cidade de Marituba, a partir de mitos que atravessam os saberes culturais da população.
– Casa Ribalta (Ananindeua) – Habitante-Criador – A proposição coreográfica “Habitante-Criador” é uma reflexão sobre habitar e criar dança em Ananindeua, a partir de um conceito da diretora artística da companhia Casa Ribalta, Mayrla Andrade. O espetáculo conjuga os processos da Tríade Ananin – três obras coreográficas já realizadas sobre a cidade de Ananindeua, intituladas Florescer, Ilhas e Retratações.
– Studio Alpha (Castanhal) – Anauê Anassanduá – O espetáculo convida os espectadores à reflexão e à afirmação da identidade popular amazônica.
– Companhia Attuô (Belém) – Palhaço! – O espetáculo conta a história do navio-prisão Brigue Palhaço, onde 256 homens foram sufocados durante o período imperial.

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