Ação federal cumpriu um mandado de prisão e quatro de busca e apreensão em Operação de Desintrusão das Terras Indígenas Apyterewa e Trincheira Bacajá. Operação cunpre mandados contra suspeitos de invasão e exploração de terra indígena no Pará
PF/Reprodução
A Polícia Federal prendeu o presidente de uma Associação de trabalhadores rurais em São Félix do Xingu, no Sul do Pará, por suspeita de invasão e exploração da terra indígena Trincheira Bacajá.
Além do mandado de prisão preventiva,a Polícia Federal cumpriu quatro mandados de busca e apreensão na área de Vila Sudoeste, zona rural de São Félix do Xingú.
A ação realizada nesta sexta-feira (10) com o apoio da Força Nacional integra a Operação de Desintrusão das Terras Indígenas Apyterewa e Trincheira Bacajá, que ocorre desde o início de outubro.
Operação de Desintrusão das Terras Indígenas Apyterewa e Trincheira Bacajá no Pará
Divulgação
Segundo as investigações, o presidente da Associação, Rivelino Sales teria incitado a invassão à terra e enganado os invasores com a falsa promessa de regularização da área.
Ainda conforme a assessoria da Operação de Desintrusão, o presidente da Associação dos trabalhadores rurais da Região do assentamento da Terra Prometida ainda teria desobedecido ordens judiciais que determinaval a desintrução da terra indígena.
Além do presidente da associação de trabalhadores rurais, são alvo da Operação da Polícia Federal também a mulher dele, uma secretária da Associação e dua spessoas que estariam envolvidas na instalação d euma escola instaladsa de forma irregular dentro da TI.
O preso foi encaminhado ao Presídio de Redenção, onde ficará a disposição da justiça. Ele foi preso pelo crimes de “invasão e exploração econômica da Terra Indígena e por constituir e liderar associação criminosa com o fim de obter vantagens ilícitas”. O g1 tenta contato com a defesa dos alvos da operação e com a associação.
Terras sob ameaça
O Governo Federal realiza operação de desintrusão, como é chamada a expulsão de invasores de reservas indígenas, dfesde outubro nas Terras Indígenas Apyterewa, do povo Parakanã, e Trincheira Bacajá, dos povos Kayapó e Xikrin. A ação é marcada por tensão, segundo moradores ambientalistas, e um homem morreu na área. As áreas já foram alvo de operações federais contra garimpo nos últimos anos.
A TI Trincheira Bacajá alcançou o quarto lugar no ranking das áreas indígenas mais desmatadas na região em 2020, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Imagens de satélite mostram destruição de floresta entre 2020 e 2022 dentro da Terra Indígena Apyterewa no Pará.
Reprodução / Imazon
A TI Apyterewa teve o maior desmatamento do país por 4 anos consecutivos e perdeu área maior do que Fortaleza. Imagens de satélite mostram a devastação entre 2020 e 2022 e foram expostas em estudo do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
A área de preservação indígena foi homologada por decreto em 2007, reservando 773 mil hectares ao povo Parakanã. O território fica dentro do município de São Félix do Xingu, no sudeste do Pará.
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