Cada tipo de nuvem pode indicar como ficará o tempo nas próximas horas – Foto: Nando Bomfim/ND
Já olhou para o céu e se perguntou como as nuvens se formam? O meteorologista Ross Lazear, professor em Nova York, explica que elas surgem quando o ar atinge um nível máximo de umidade e começa a condensar, formando gotículas de água ou cristais de gelo. O mais fascinante, no entanto, é o potencial que possuem de “substituir” a previsão do tempo.
As nuvens chamadas de “cúmulos” são aquelas arredondadas, parecidas com bolas de algodão. Elas aparecem em dias quentes e úmidos, quando o ar aquecido pelo solo sobe e se resfria.
Na maioria das vezes, essas nuvens indicam tempo firme, mas se crescerem muito na vertical, tornando-se cumulonimbus, podem trazer chuvas fortes e tempestades. Quando suas bordas estão bem definidas, é um alerta para a possibilidade de mau tempo.
Cirros: nuvens altas e geladas
O especialista ainda explica que existem as nuvens cirros, que são finas e esbranquiçadas que ficam nas partes mais altas da atmosfera, onde o ar é frio o suficiente para formar cristais de gelo.
Elas costumam ser transparentes, permitindo que o sol ou a lua sejam vistos através delas.
As cirros aparecem apenas em áreas com mais umidade na atmosfera – Foto: Reprodução/ND
Quando aparecem no topo de tempestades, podem se espalhar e formar uma camada achatada chamada bigorna, sinalizando tempo severo. Mas, na maioria das vezes, os cirros não estão ligados a chuvas e aparecem apenas em áreas com mais umidade na atmosfera.
Nevoeiro e nuvens estratificadas
O nevoeiro é uma nuvem que se forma bem próxima do solo, quando o ar fica saturado de umidade. Em dias muito frios, esse nevoeiro pode congelar e formar camadas de gelo sobre superfícies, um fenômeno conhecido como gelo de sincelo.
Já as nuvens que aparecem em camadas são chamadas de estratos. Elas podem se formar em diferentes altitudes: perto do solo, são estratos comuns; um pouco mais acima, chamam-se altostratus; e em grandes altitudes, compostas por cristais de gelo, são cirrostratus.
As nuvens estratificadas são as que aparecem em camadas – Foto: Reprodução/ND
Se ficarem muito espessas e carregadas de umidade, podem provocar chuva ou neve, sendo chamadas de nimbostratus.
Montanhas e a formação de nuvens únicas
O relevo pode influenciar na formação de nuvens especiais. O ar que sobe por uma montanha pode formar nuvens lenticulares, que lembram discos voadores pairando sobre os picos.
As cumulonimbus indicam tempestades – Foto: Reprodução/ND
Outro fenômeno mais raro é o das nuvens de bandeira, que aparecem em um dos lados das montanhas devido à circulação horizontal do vento naquela região.
O vento e o movimento das nuvens
O vento tem um papel fundamental na movimentação das nuvens. Muitas vezes, é possível ver diferentes camadas de nuvens se deslocando em direções opostas, o que indica variações na direção dos ventos em diferentes altitudes.
As nuvens cirros, que se formam nas altitudes da corrente de jato, podem viajar a mais de 300 km/h. Mas, por estarem tão altas, seu deslocamento rápido nem sempre é perceptível a olho nu.