A operação foi considerada a maior do país com a participação de mais de 300 policiais de cinco estados. O g1 teve acesso a um documento com as identidades dos mortos. Danilo Ricardo, Eduardo Batista, Célio Carlos, Raul Yuri, Julimar Viana e José Cláudio
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Finalizada nesta quinta-feira (18), a caçada da operação Canguçu resultou na morte de 18 criminosos suspeitos de atacar a cidade de Confresta (MT) e prisão de outros cinco homens. O g1 teve acesso a um documento com as identidades dos mortos. Os homens eram naturais dos estados de SP, MA, PE, GO, BA, PA e tinham idades entre 27 e 62 anos.
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Foram 39 dias de buscas ao grupo criminoso que tentou assaltar uma transportadora de valores e fugiu para a zona rural do Tocantins. A ação policial, considerada uma das maiores do tipo no país, contou com mais de 300 policias de cinco estados.
Matheus Fernandes, Airton Magalhães, Rafael Ferreira, Jonhathan Camilo, Luiz Gustavo e Ericson Lopes
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As mortes aconteceram em diferentes localidades na zona rural de pelo menos quatro cidades na região oeste do Tocantins. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os corpos de todos foram entregues aos parentes.
Veja abaixo a relação dos suspeitos que morreram em confrontos com policiais:
Danilo Ricardo Ferreira – 46 anos, morto no dia 10 de abril, natural de São Paulo (SP)
Raul Yuri de Jesus Rodrigues – 29 anos, morto no dia 12 de abril, natural de Diadema (SP)
Eduardo Batista Campos – 32 anos, morto no dia 19 de abril, natural de Imperatriz (MA)
Julimar Viana de Deus – 35 anos, morto no dia 19 de abril, natural de Imperatriz (MA)
Célio Carlos Monteiro – 62 anos, morto no dia 19 de abril, natural de Avaré (SP)
José Cláudio dos Santos Braz – 37 anos, morto no dia 19 de abril, natural de Serra Talhada (PE)
Matheus Fernandes Alves – 27 anos, morto no dia 22 de abril, natural de Goiânia (GO)
Jonathan Camilo Melo de Sousa – 34 anos, morto no dia 27 de abril, natural de São Paulo (SP)
Airton Magalhães Marques – 27 anos, morto no dia 29 de abril, natural de Salvador (BA)
Luiz Gustavo Pereira dos Santos – 35 anos, morto no dia 1º de maio, natural de São Paulo (SP)
Rafael Ferreira Pinto – 34 anos, morto no dia 1º de maio, natural de Osasco (SP)
Ericson Lopes de Abreu – 31 anos, morto no dia 1º de maio, natural de Guarulhos (SP)
Luis Silva – 46 anos, morto no dia 1º de maio, natural de São Miguel Arcanjo (SP)
Gilvan Moraes da Silva – 45 anos, morto no dia 2 de maio, natural de Marabá (PA)
Robson Moura dos Santos – 33 anos, morto no dia 2 de maio, natural de Jacundá (PA)
Ronildo Alves dos Santos – 41 anos, morto no dia 8 de maio, natural de São Paulo (SP)
Ricardo Aparecido da Silva – 39 anos, morto no dia 10 de maio, natural de Nova Odessa (SP)
Janiel Ferreira Araújo – 43 anos, morto no dia 13 de maio, natural de Marabá (PA)
Luis Silva, Gilvan Moraes, Robson Moura, Romildo Alves e Ricardo Aparecido
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Além dos mortos na operação, cinco suspeitos foram presos, dois foram capturados pela Polícia Militar na área do cerco e os outros três, que teriam ajudado na logística do crime, foram presos em Redenção (PA) e em Araguaína (TO) pela Polícia Civil de Mato Grosso.
O g1 teve acesso à audiência de custódia de um deles, apontado como principal articulador logístico. Ele foi questionado sobre como aconteceu a prisão e se teve os direitos constitucionais respeitados. O juiz não fez perguntas sobre o crime que é investigado, mas o suspeito respondeu sobre suas atividades e disse que trabalhava em garimpo ilegal em Cumaru do Norte (PA).
Audiência de custódia de suspeito de fazer a logística do ataque a Confresa (MT)
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Entenda
Suspeitos de aterrorizar Confresa (MT) estão se alimentando com milho de plantações
A operação na zona rural do Tocantins começou no dia 10 de abril, um dia após os criminosos tentarem assaltar uma transportadora de valores e fugirem para o Tocantins. Eles foram surpreendidos pela fumaça e saíram sem levar nada.
Na zona rural, os criminosos ficaram cercados e sem saída. Eles chegaram a ficar dias escondidos na copa das árvores e se alimentando de espigas de milho e sal de ureia, usado na alimentação de gado.
As equipes da polícia percorreram uma área de 4,6 mil km, em quatro cidades. A tecnologia ajudou no trabalho da força-tarefa montada para perseguir o bando. Os policiais utilizaram binóculos com visão noturna e drones com câmeras termais para localizar os criminosos.
Munições usadas em armamento de uso restrito foram apreendidas durante operação Canguçu
Divulgação/Polícia Civil
Mesmo durante a fuga os criminosos deixaram um rastro de terror, invadindo propriedades e fazendo pessoas reféns em fazendas e na área urbana. Áudios divulgados nas redes sociais mostram o medo dos moradores em Marianópolis do Tocantins.
Os suspeitos tentaram usar sacos amarrados aos pés, para tentar não deixar pegadas por ponde passam. Estratégia que foi descoberta com a morte de um dos suspeitos.
Um verdadeiro arsenal de guerra foi apreendido durante a operação. Entre as apreensões estão armamento de grosso calibre, inclusive fuzis furtados da PM de São Paulo, milhares de munições, coletes à prova de bala e outros materiais.
Criminoso usava sacos de fibras sintéticas para tentar despistar a polícia
Reprodução/Redes Sociais
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