A camisa vermelha da seleção brasileira e o risco de um novo movimento de politização

Logo da marca de Michael Jordan e da CBF – Foto: Divulgação/ND
A possível adoção de uma camisa vermelha pela seleção brasileira reacende o debate sobre a apropriação política de símbolos nacionais. Se antes a tradicional camisa amarela — historicamente associada ao futebol-arte e à identidade nacional — foi capturada por movimentos de direita, agora surge o risco de um novo movimento de politização, desta vez com o vermelho, cor historicamente associada à esquerda.
A escolha de uma nova cor para a )seleção, mesmo que justificada sob argumentos de inovação ou marketing, não é neutra no atual contexto de polarização. A seleção pentacampeã mundial já vestiu uniforme branco, em 2019, e recentemente a cor preta em uma campanha pontual contra o racismo.

Em um país onde até a camisa amarela virou alvo de disputa ideológica, propor o vermelho é acirrar ainda mais os ânimos já inflamados, reforçando a sensação de que símbolos que deveriam unir continuam sendo instrumentalizados.
Em vez de recuperar o sentimento de pertencimento nacional, a mudança pode aprofundar a divisão. A seleção brasileira deveria ser um território livre da guerra política, um espaço de celebração coletiva, e não mais um palco para disputas partidárias veladas. A camisa amarela precisa ser resgatada como símbolo de todos — e não substituída por outra que, certamente, carregará novos pesos ideológicos.
Em tempos tão frágeis para a democracia brasileira, transformar a seleção em extensão das trincheiras políticas é um erro estratégico e simbólico da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
Reações
Integrantes da atual gestão de Palhoça entraram em contato com a coluna para rejeitar a pré-candidatura do deputado estadual Camilo Martins à Prefeitura de Palhoça em 2028.
Alegam que, com isso, a cidade perderia uma representação na Alesc, além da informação que há um acordo com o governo do Estado: o prefeito Eduardo Freccia deve renunciar em 2026 para que o vice, Rosiney, assuma o cargo, e Freccia assuma a Secretaria de Estado da Infraestrutura após as eleições do próximo ano.
Em São José, também foi negada a informação — repassada pelo Centro Administrativo — de que Meri Hang se filiaria ao Republicanos. Ela permanece no PSD.
Monitoramento
O deputado estadual Antídio Lunelli (MDB, foto) destacou a operação do 14º Batalhão da PM de Jaraguá do Sul, que recuperou nove veículos roubados em poucas horas e resultou na prisão dos criminosos no dia 22 deste mês. Ele lamentou a morte de uma vítima inocente durante a fuga e reforçou a importância de fortalecer a segurança pública.
Lunelli anunciou a liberação de emenda de R$ 2,3 milhões, que será destinada à implantação de uma central regional de monitoramento, com investimento em tecnologia de câmeras e sistemas de inteligência para ampliar a prevenção e resposta rápida a crimes em toda a região.
Pronampe Inovação
O governo do Estado lançou o Pronampe Inovação, nova linha de crédito voltada para micro e pequenas empresas inovadoras. Com valores entre R$ 20 mil e R$ 250 mil, e taxa de juros efetiva de 0,83% ao mês, o programa oferece até 48 meses para pagamento e 12 meses de carência.
A iniciativa é operacionalizada pelo Badesc em parceria com cooperativas de crédito. Segundo o governador Jorginho Mello, o projeto reforça o compromisso com o fortalecimento do ecossistema de inovação. Mais informações na Acate (Associação Catarinense de Tecnologia) ou nas cooperativas de crédito.
Novo superintendente
O Ministério da Pesca e Aquicultura nomeou Jean Ricardo como novo superintendente Federal da Pesca em Santa Catarina. Ex-vereador de Garopaba, Jean tem trajetória ligada à defesa da pesca artesanal e da agricultura familiar. Graduado em gestão pública, ele assume com o compromisso de fortalecer políticas públicas e impulsionar o setor.
Jean contou que trabalhará para valorizar a identidade pesqueira catarinense. Ele assume o cargo no momento de um imbróglio que limita, em Santa Catarina, a pesca da tainha em arrasto de praia a 1.100 toneladas.
Hino
É aguardada para esta terça-feira (29) a definição na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Alesc se prossegue a tramitação da PEC de autoria do deputado Ivan Naatz (PL) que propõe a possibilidade de mudança no Hino de Santa Catarina, como um dos símbolos constitucionais do Estado.
Há cerca de três semanas, o deputado Mauro de Nadal (MDB) pediu vistas do projeto e deverá apresentar seu voto para análise dos demais colegas da CCJ.

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