Arritmia cardíaca: quando reconhecer quando há risco de vida e como evitá-las

Arritmia cardíaca não deve ser ignorada pois pode levar a morte súbita – Foto: Reprodução/ND
As arritmias cardíacas estão entre os problemas mais perigosos do coração e merecem atenção especial, principalmente de quem já sofreu um infarto ou tem outras doenças cardiovasculares.
Como explica o cardiologista Enrique Pachón, do Serviço de Arritmias Cardíacas do HCor, esses distúrbios podem levar a consequências graves, como a morte súbita.
“Isso porque, nestas condições, elas podem evoluir desfavoravelmente para a mais temida complicação, a chamada morte súbita”, afirma o médico.

O que é arritmia cardíaca?
O ritmo normal do coração varia entre 50 e 90 batimentos por minuto, a arritmia cardíaca acontece quando há alterações nesta média.
Quando o coração bate mais devagar que isso, temos a chamada bradicardia (abaixo de 50 bpm).
Já quando os batimentos passam de 100 por minuto em repouso, trata-se de uma taquicardia.
Diferença entre batimentos cardíacos – Foto: Reprodução/ND
Quando a arritmia cardíaca apresenta risco de vida?
Existem diferentes tipos de arritmia. Algumas são consideradas benignas e costumam ocorrer nos átrios, a parte superior do coração.
Elas alteram o ritmo, mas não costumam colocar a vida em risco. Outras, mais graves, afetam os ventrículos, que são as câmaras inferiores do coração, e podem causar morte súbita.
Outro tipo bastante comum é a fibrilação atrial. Ela interfere tanto na frequência quanto na regularidade dos batimentos e está diretamente ligada ao risco de acidente vascular cerebral (AVC).
“No Brasil, estima-se que cerca de 2 milhões de pessoas sejam afetadas por esta arritmia cardíaca. Uma avaliação detalhada feita por um cardiologista permitirá identificá-la e determinará a necessidade ou não de tratamento”, alerta o médico Pachón.
Acompanhamento médico deve ser feito regularmente – Foto: Reprodução/ND
Segundo o especialista, com o envelhecimento da população, esse tipo de arritmia tem se tornado mais frequente.
E quando não há o devido acompanhamento médico, o risco de complicações aumenta.
“Evitar a arritmia cardíaca ainda é a melhor maneira de impedir morte súbita ou derrames causados pela doença”, reforça.
Como evitar a arritmia cardíaca?
O diagnóstico das arritmias é feito por meio de avaliação clínica e exames como eletrocardiograma, Holter, teste ergométrico e estudo eletrofisiológico.
A detecção precoce pode fazer toda a diferença no tratamento.
Segundo Pachón, assim como no infarto, a arritmia cardíaca pode ser evitada e controlada com algumas medidas preventivas, como:

Reduzir o estresse;
Ter uma alimentação saudável, rica em legumes, frutas e verduras;
Não exagerar no consumo de bebidas alcoólicas e de energéticos;
Não fumar;
Praticar alguma atividade física regularmente.

“Trata-se de uma questão que merece atenção. O tratamento preventivo das arritmias cardíacas é altamente eficaz permitindo evitar grande número de casos fatais”, destaca o médico.

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