Dados do IBGE apontam que Santa Catarina tem o terceiro maior rendimento per capita do Brasil – Foto: Deny Campos/Arte/ND
Santa Catarina alcançou em 2024 o terceiro maior rendimento médio mensal real domiciliar per capita do país, com o valor de R$ 2.544, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Este número representa o maior da série histórica do estado, iniciada em 2012.
O rendimento per capita catarinense cresceu 10,3% em relação a 2023 (R$ 2.306), marcando o terceiro ano consecutivo de crescimento, tanto no estado quanto no Brasil.
Nacionalmente, o rendimento domiciliar per capita foi de R$ 2.020 em 2024, o maior da série histórica da pesquisa no país, com alta de 4,7% em relação a 2023.
Confira os três estados com maiores rendimentos per capita segundo o IBGE
Distrito Federal: R$ 3.276,00
São Paulo: R$ 2.588,00
Santa Catarina: R$ 2.544,00
O Maranhão ocupa a última posição do ranking com a menor renda per capita do Brasil: média de R$ 1.078,00.
A composição do rendimento domiciliar per capita em Santa Catarina em 2024 foi oriunda do rendimento de todos os trabalhos, que participou com 79,3% do total. Este percentual é o quinto maior do país e atingiu o maior valor da série histórica catarinense desde 2013. A participação do rendimento do trabalho tem avançado desde 2012, com algumas flutuações no período.
Para conquistar o terceiro maior rendimento per capita do Brasil, outras fontes contribuíram com 20,7% do rendimento domiciliar per capita em Santa Catarina. Este é o menor valor da série histórica para essa categoria no estado, registrando uma queda de 0,1 ponto percentual em relação a 2023.
Outras fontes de rendimento incluem aposentadoria e pensão, aluguel e arrendamento, pensão alimentícia, doação e mesada de não morador, Programas Sociais do governo e outros rendimentos.
Em 2024, o rendimento médio mensal real recebido de outras fontes em Santa Catarina foi de R$ 2.345. Este valor é o quarto maior entre as Unidades da Federação e o maior da série estadual, crescendo 8,4% ante 2023, no terceiro aumento consecutivo após queda em 2021.
Rendimento médio de Santa Catarina em 2024 foi de R$ 2.544,00 – Foto: Divulgação/SAS
Rendimento médio por outras fontes em Santa Catarina
Confira outras fontes que ajudaram Santa Catarina a ter o terceiro maior rendimento per capita do Brasil:
Aposentadoria e pensão: registrou o maior rendimento (R$ 2.513) e o segundo maior crescimento (9,7%) entre as outras fontes, embora sua participação no rendimento domiciliar per capita tenha diminuído para 15,4%, o menor valor da série histórica.
Aluguel e arrendamento: teve um rendimento médio de R$ 2.494, com avanço de 8,2%.
Programas sociais do governo: apresentou um rendimento médio de R$ 935, crescendo 7%.
Pensão alimentícia, doação ou mesada de não morador: registrou um rendimento médio de R$ 862, com alta de 3,9%.
Outros rendimentos: incluem aplicações financeiras e outros, teve o maior crescimento entre as outras fontes (13,0%), atingindo R$ 2.122.
Rendimento per capita médio dos mais ricos de SC foi 8 vezes superior ao dos mais pobres em 2023
Além de possuir o terceiro maior rendimento per capita do país, Santa Catarina também possui a menor razão de rendimento domiciliar per capita entre os 10% da população com maiores rendimentos e os 40% com os menores rendimentos, sendo de 8,7 vezes em 2024.
Isso significa que o rendimento médio dos 10% mais ricos (R$ 8.680) foi 8,7 vezes maior que o rendimento médio dos 40% mais pobres (R$ 997). Em comparação, a razão nacional foi de 13,4 vezes.
Apesar de ser a menor do país, a razão em Santa Catarina superou a de 2023 (8,2 vezes), indicando um aumento na concentração de renda em 2024. Esse aumento ocorreu porque o rendimento dos 10% mais ricos cresceu 15%, superando o crescimento de 8,1% no rendimento dos 40% mais pobres entre 2023 e 2024.
Rendimento médio domiciliar de Santa Catarina ajudou estado a ter o terceiro maior rendimento per capita – Foto: Divulgação/IBGE
E os programas sociais?
Apesar de Santa Catarina ter o terceiro maior rendimento per capita do país, quando se fala em relação aos programas sociais do governo, o estado registrou o menor percentual de domicílios particulares permanentes. O rendimento proveniente deles somam 7,1%, o que corresponde a 201 mil domicílios em 2024.
Este percentual, embora seja o menor do país (o nacional é de 25,8%15), teve um avanço de 0,5% ante 2023 (6,6%), com 21 mil domicílios adicionais recebendo algum programa social.
Considerando especificamente o programa Bolsa Família, Santa Catarina também tem o menor percentual de domicílios beneficiados (4,4%), o que equivale a 123 mil domicílios. Este percentual é quatro vezes menor que o nacional (18,7%).
Já o programa BPC-LOAS alcançou 1,8% dos domicílios catarinenses, representando 52 mil domicílios, o menor percentual do país, mas o maior valor na série histórica do estado.
