No Brasil, 400 mil pessoas morrem por ano por complicações cardiovasculares, que podem ser evitadas com prevenção e um atendimento rápido e eficaz – Foto: Divulgação
Sabia que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil? Segundo o Ministério da Saúde, elas somam cerca de 400 mil óbitos por ano. Infartos, AVCs e outras complicações do coração ainda acometem pessoas de todas as idades, muitas vezes de forma silenciosa.
E embora pareçam distantes do nosso cotidiano, elas estão mais ligadas aos nossos hábitos diários do que se imagina. Não se trata apenas de genética ou de fatores fora do nosso controle. O estilo de vida tem papel central na saúde do coração — e isso pode ser uma boa notícia, já que pequenas mudanças na rotina são capazes de reduzir significativamente os riscos.
O coração sente o que a rotina esconde
A saúde cardiovascular está diretamente conectada a aspectos que muitas vezes passam despercebidos no dia a dia. O que comemos, como dormimos, o quanto nos movimentamos, o nível de estresse que acumulamos ao longo da semana: tudo isso tem impacto direto na pressão arterial, na circulação sanguínea e na função do músculo cardíaco.
Mesmo quem não tem histórico familiar de problemas no coração deve estar atento. O aumento do sedentarismo, do consumo de ultraprocessados e da carga de estresse no trabalho têm feito com que doenças cardiovasculares apareçam cada vez mais cedo. Por isso, cuidar do coração não é um tema restrito a quem já passou dos 60 anos.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o Brasil teve um aumento de 62% nas mortes de mulheres de 15 a 49 anos por infarto entre 1990 e 2019. Além disso, na faixa de 50 a 69 anos, o número aumentou 176%.
As 5 doenças cardiovasculares mais frequentes
1. Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)
Popularmente conhecido como ataque cardíaco, o infarto ocorre quando o fluxo de sangue é bloqueado em uma das artérias coronárias, impedindo que o oxigênio chegue a uma parte do músculo cardíaco. Essa obstrução costuma ser causada por placas de gordura (aterosclerose) que se rompem, formando coágulos. Os sintomas mais comuns incluem dor ou pressão no peito, falta de ar, suor excessivo e náuseas.
2. Acidente Vascular Cerebral (AVC)
O AVC, também conhecido como derrame cerebral, é uma das principais causas de incapacidade no país. Ele pode ser isquêmico (quando há interrupção do fluxo sanguíneo no cérebro) ou hemorrágico (quando há rompimento de um vaso cerebral).
Dados do Ministério da Saúde mostram que, em 2022, cerca de 100 mil brasileiros morreram por causa de AVCs. A identificação rápida dos sintomas – como perda de força em um dos lados do corpo, dificuldade para falar ou assimetria facial – é essencial para o atendimento de urgência e emergência.
3. Hipertensão Arterial Sistêmica
A pressão alta é silenciosa e perigosa. Muitas vezes sem sintomas evidentes, ela é responsável por sobrecarregar o coração e os vasos sanguíneos ao longo do tempo, contribuindo diretamente para o surgimento de outras doenças cardiovasculares, como infarto, AVC e insuficiência cardíaca.
Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS/IBGE), em 2019, cerca de 24% da população adulta brasileira tinha diagnóstico médico de hipertensão — número que pode ser ainda maior devido aos casos não diagnosticados. O controle pode ser feito com mudanças no estilo de vida e, quando necessário, uso de medicamentos prescritos por profissionais de saúde.
4. Insuficiência Cardíaca
A insuficiência cardíaca é caracterizada pela incapacidade do coração de bombear sangue de forma eficiente para o corpo. Pode ser causada por infartos anteriores, hipertensão mal controlada ou problemas nas válvulas cardíacas. Seus sintomas envolvem cansaço excessivo, falta de ar, inchaço nos membros inferiores e dificuldade para realizar atividades simples do dia a dia.
De acordo com a SBC, mais de 2 milhões de brasileiros viviam com essa condição em 2022. Embora seja uma doença crônica, ela pode ser controlada com acompanhamento médico, medicamentos e mudanças nos hábitos de vida.
5. Doença Arterial Coronariana (DAC)
A doença arterial coronariana é causada pelo acúmulo de placas de gordura nas artérias que irrigam o coração. Esse estreitamento reduz o fluxo sanguíneo e pode levar à angina (dor no peito) ou até mesmo ao infarto. Fatores como histórico familiar, tabagismo, sedentarismo e colesterol alto aumentam o risco.
Apesar de muitas vezes silenciosa, a DAC é uma das doenças mais comuns entre os brasileiros e exige atenção constante. A prática de exercícios, alimentação balanceada e exames de rotina são aliados importantes na sua prevenção e controle.
Por que prevenir é o melhor caminho?
Mais de 80% das mortes por doenças cardiovasculares em 2022 poderiam ter sido evitadas com mudanças simples no estilo de vida, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Alimentação equilibrada, prática regular de exercícios, abandono do cigarro e controle do estresse são algumas das estratégias mais eficazes.
Mais de 80% das mortes por doenças cardiovasculares em 2022 poderiam ter sido evitadas com mudanças simples no estilo de vida – Foto: Divulgação
A recomendação da OMS é de 150 a 300 minutos de atividade física moderada por semana, o que ajuda a controlar a pressão, o colesterol e a glicemia.
Reduzir o consumo de ultraprocessados e priorizar alimentos in natura ou minimamente processados também é fundamental, assim como parar de fumar — que pode reduzir significativamente o risco de infarto e AVC.
Outro ponto importante é a atenção à saúde emocional e ao sono: estresse crônico e noites mal dormidas afetam diretamente o sistema cardiovascular. Não se esqueça de fazer os exames de rotina e fique atento aos sinais do seu corpo.
Reconhecer sinais e agir rápido pode salvar vidas
Embora a prevenção seja essencial, também é importante estar atento aos sinais que indicam uma emergência cardiovascular. Dor ou pressão intensa no peito, falta de ar, sudorese excessiva, palidez, náuseas, sensação de desmaio, dormência em um dos lados do corpo, dificuldade repentina para falar ou compreender frases simples são alguns dos sintomas que exigem resposta imediata.
Nesses momentos, cada minuto conta. O atendimento rápido pode evitar complicações mais graves e aumentar significativamente as chances de recuperação e ter acesso a um plano de urgência e emergência faz toda a diferença: ele conta com o Atendimento Pré-Hospitalar (APH), garantindo que a pessoa receba o suporte com mais eficiência e assertividade, antes mesmo de se deslocar para um hospital.
A Help Emergências Médicas, por exemplo, oferece esse tipo de cuidado na Grande Florianópolis e conta com planos individuais, familiares e empresariais. O atendimento começa já no primeiro contato: médicos de plantão acompanham o caso à distância, orientam quem está com a vítima e acionam uma UTI móvel equipada para lidar com situações como infartos e AVCs.
O cuidado continua mesmo após os primeiros socorros, com monitoramento constante e atenção integral à saúde da pessoa atendida. Para quem vive com fatores de risco, tem histórico de doenças cardíacas ou não abre mão de estar protegido, um plano de urgência e emergência traz mais segurança e tranquilidade.
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Como hábitos simples e resposta imediata ajudam a prevenir mortes por doenças cardiovasculares
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