Militares não farão parte de novo governo, afirma Bolsonaro

Jair Bolsonaro afirmou que militares não farão parte de novo governo – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ex-presidente Jair Bolsonaro reconheceu que foi um erro indicar representantes das Forças Armadas para ministérios durante o seu mandato entre 2018 e 2022. Em entrevista ao Uol, nesta quarta-feira (14), Bolsonaro afirmou que militares não farão parte de novo governo caso ele retorne a comandar o Poder Executivo do país.
“Se a gente voltasse, militar só no GSI, nem na Defesa eu botaria militar, apesar de ser apaixonado pelo Braga Netto, você sabe disso, excelente trabalho, entre outros. Os ministros palacianos seriam mais experientes do que um militar para tratar com o parlamento”, comentou Bolsonaro.

Militares não farão parte de novo governo Bolsonaro
Durante o seu mandato como presidente da República, Bolsonaro nomeou, por exemplo, o general Braga Netto para o ministério da Defesa e, depois, ele assumiu a Casa Civil. De acordo com o ex-presidente, ele se sentiu “muito bem” apenas depois que o senador Ciro Nogueira (PP-PI) sucedeu o general no cargo.
Segundo Bolsonaro, Ciro comandou a pasta sem precisar demandá-lo. Era responsabilidade do ministro coordenar os projetos de interesse do governo no Congresso Nacional.
Ex-presidente Jair Bolsonaro, ao lado do general Walter Braga Netto em cerimônia militar. Bolsonaro afirmou que militares não farão parte de novo governo – Foto: Marcelo CamargoAgência Brasil
“Dado a vivência, o seu conhecimento do Parlamento, me tirou uma série de problemas, ele [Ciro Nogueira] que resolvia o assunto. Ele que procurava o líder e conversava. Antigamente, o Braga Netto foi Chefe da Casa Civil, mas não sabia conversar com os caras. Foi um erro meu, hoje a gente voltaria muito melhor, até em relação com o Supremo Tribunal Federal. Tem que ter um relacionamento com o Supremo Tribunal Federal e ponto final”, comentou Bolsonaro.
Sobre essa relação com o Supremo, Bolsonaro afirmou que não chamaria Alexandre de Moraes de canalha novamente, como o fez durante manifestação do 7 de setembro na Avenida Paulista, em São Paulo. Segundo o ex-presidente, foi um desabafo pela conjuntura que o país vivia. No entanto, Bolsonaro afirmou que o ministro torturou seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid para conseguir a delação premiada que o incriminasse.
Após delação de seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, Jair Bolsonaro afirma que militares não farão parte de novo governo – Foto: Alan Santos/PR/Divulgação

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