Thiago Barros leva 36 horas para chegar até a região de Anajás, no Marajó, onde realiza a entrega de bolos para comunidades ribeirinhas por meio do projeto “Presentear”. O trajeto até a cidade é feito em uma ‘rabeta’, conhecida na região norte por ser uma pequena canoa. Confeiteiro viraliza ao criar projeto de doação de bolos para crianças ribeirinhas no Pará
O confeiteiro Thiago Barros, morador de Ananindeua, no Pará, tem feito sucesso nas redes sociais ao desenvolver o projeto social “Presentear”, que leva bolos de forma gratuita para crianças ribeirinhas do município de Anajás, no Marajó, localidade com 36 horas de distância da capital paraense.
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O trajeto para chegar até a região é feito somente por barcos.Thiago mostra em seus vídeos detalhes da montagem dos bolos e o percurso feito em uma ‘rabeta’, conhecida na região norte por ser uma pequena canoa, chamando atenção dos seguidores por decorar os bolos ainda com o barco em movimento.
Thiago nasceu no interior de Anajás, vivenciando na pele as dificuldades de acesso à região. Além de confeiteiro, também é conselheiro tutelar, surgindo deste trabalho com pessoas em situação de vulnerabilidade social a ideia para desenvolver a iniciativa “Presentear”.
“Essa é iniciativa que tentar trazer alguma alegria para aquelas crianças que estão em regiões isoladas, mais afastadas da cidade e do meio urbano” ,compartilhou o confeiteiro.
Confeiteiro viraliza ao criar projeto de doação de bolos para crianças ribeirinhas no Pará
Acervo Pessoal
Antes de iniciar o trajeto até as comunidades, Thiago e a esposa Isabel Santos preparam tudo ainda em casa com muita delicadeza. Os bolos são assados e separados em papel filme, o recheio já vai organizado no saco de confeitar, já o chantilly eles deixam para preparar próximo de chegar às comunidades.
Os materiais gelados são organizados dentro de um isopor com gelo, pois muitas casas não possuem energia elétrica e, às vezes, a montagem é realizada ainda no percurso, como foi o caso do vídeo que viralizou nas redes sociais. As imagens foram feita por um colega que guiava o casal pelo rio.
Confeiteiro Thiago Barros mostra processo de produção de bolos para ribeirinhos
Para o boleiro, é gratificante receber o feedback das famílias e crianças, através dos olhares de carinho, sorrisos e palavras de amor. Durante a realização das ações, ele já recebeu diversos convites para levar doçura a outras comunidades, como a de Curuça, também na Ilha do Marajó.
“A gratidão que a gente recebe das famílias com agradecimentos, mensagens de apoio e sorrisos são o que movem a gente, nada pode pagar o prazer que sinto em fazer o bem a essas pessoas” afirmou.
Trajetória
Thiago veio morar na capital paraense ainda muito jovem, por volta dos 7 anos de idade. O motivo da mudança foi que a mãe sofria com um câncer e precisava de tratamento. Aos 10 anos precisou ajudar com a renda familiar, então junto ao irmão trabalhavam na venda de “chopp”, também conhecido como geladinho.
O mundo da confeitaria entrou na vida do paraense aos 16 anos, a partir de uma tia que produzia festas familiares, fazendo tortas, cachorros quentes e bolos para animar os parentes. A partir dessa produção, o jovem na época viu a oportunidade de ganhar dinheiro e ajudar com as contas de casa.
Bolos do Confeiteiro Thiago Barros
Redes Sociais
Thiago conta que nunca se especializou na área e aprendeu aos poucos fazendo bolo para vender para amigos e recebendo encomendas de vizinhos. Atualmente, ele estuda pedagogia e após se formar, pretende investir na culinária, a fim de aprimorar seus dons como confeiteiro.
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Confeiteiro monta bolo em canoa indo à ilha do Marajó; ‘iniciativa tenta trazer alegria para crianças de áreas isoladas’, diz
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