
No Maranhão, muitas empresas têm investido em criar plataformas com IA para otimizar processos, aprimorar a tomada de decisões e viabilizar a criação de novos produtos e serviços. São modelos de negócios que contribuem com o desenvolvimento da economia local. A startup Peddido utiliza a inteligência artificial aplicada ao food service e varejo.
Divulgação/Peddido
O uso da Inteligência Artificial (IA) é uma realidade no mercado global, por isso, empresas e profissionais buscam cada vez mais conhecimento sobre essa tecnologia que está se consolidando como um dos principais impulsionadores de inovação nos negócios.
📲 Clique aqui e siga o perfil do g1 Maranhão no Instagram
No Maranhão, muitas empresas têm investido em criar plataformas com IA para otimizar processos, aprimorar a tomada de decisões e viabilizar a criação de novos produtos e serviços.
Diante desse cenário, as startups, que são empresas emergentes, geralmente ligadas à tecnologia e com um modelo inovador, estão se sobressaindo nesse mercado, lançando plataformas eficazes na automação de processos e soluções de problemas. São modelos de negócios que contribuem com o desenvolvimento da economia local.
“As startups têm sido fundamentais para a inovação da economia maranhense, por gerar complexidade e valor agregado na economia local. Nos últimos anos, as regiões e países que mais cresceram só chegaram a esse patamar, porque usaram a tecnologia para transformar a sua estrutura produtiva. Apesar dos investimentos maciços, que resultaram em um crescimento de mais de 30% nos últimos anos, o agronegócio maranhense não cria valor agregado como as startups criam. Justamente por criar valor e desenvolverem novos produtos, modelos de negócios e tecnologias disruptivas”, explica o economista Wilson Filho.
Dados do Sebrae apontam que, em 2024, havia 545 startups no Maranhão, representando 2,95% do total registrado na plataforma Sebrae Startups em âmbito nacional. Esse modelo de negócio está presente em 49 cidades do estado, com destaque para São Luís (349), Imperatriz (44) e Balsas (27).
A maioria das startups do Maranhão atuam nas áreas de:
Educação (12,8%)
Tecnologia da Informação (10,5%)
Impacto socioambiental (9,51%)
Saúde e Bem-estar (8,78%)
Alimentos e Bebidas (7,68%)
No mês em que se comemora o Dia Internacional das Micro, Pequenas e Médias Empresas (27 de junho), celebrando os pequenos negócios e a importância das empresas de pequeno porte para a economia global, o g1 destaca três startups criadas no Maranhão, que investem em IA para criar soluções tecnológicas e inovação, para empresas e pessoas físicas.
A Eurekia, Aiter e Peddido são modelos de negócios que estão se destacando no mercado. O g1 conversou com os idealizadores dessas startups, para mostrar a importância dessas inciativas para a economia e inovação do Maranhão.
Soluções tecnológicas
Jadson Oliveira é CEO da startup Eurekia.
Divulgação/Sebrae
“Um laboratório de soluções tecnológicas com forte expertise em Inteligência Artificial e Inteligência de Dados, para o desenvolvimento de negócios regionais”, é assim que Jadson Oliveira classifica a Eurekia, startup criada por ele em meados de 2023, na cidade de Balsas, no sul do Maranhão.
O modelo de negócio, que oferece para empresas e pessoas físicas soluções em sistemas, consultoria em tecnologia, inteligência artificial e análise de dados, começou a ser executado após a Eurekia vencer o Cocreation Lab Balsas, programa de pré-incubação de startups realizado pelo Sebrae em parceria com a TXM Methods.
O projeto apresentado Jadson no programa era o uso de dados e da inteligência artificial de forma acessível a empreendedores locais, gestores públicos, professores, produtores, mostrando que é possível inovar com excelência mesmo fora dos grandes centros, criando soluções tecnológicas com identidade regional, impacto social e potencial global.
Jadson destaca que pensou em oferecer consultoria em dados e IA, pois essas tecnologias ajudam as organizações a extraírem insights valiosos dos seus dados, o que contribui com tomadas de decisões mais eficazes. Além disso, a inteligência artificial também gera automatização de processos, otimização de eficiência operacional e redução de custos. Outra vantagem é a análise preditiva, que permite às organizações antecipar tendências e identificar problemas potenciais antes que eles ocorram, permitindo ações preventivas.
Com a possibilidade de crescimento da Eurekia, Jadson Oliveira deixou o emprego de professor e de funcionário da Bolsa de Valores, para criar seu próprio negócio.
“Apesar de ter trilhado esse caminho mais tradicional, de estudar e seguir no CLT, a vontade de empreender sempre esteve comigo, desde muito novo. Sempre tive o desejo de criar algo para gerar impacto real, não apenas executar tarefas dentro de grandes estruturas”, destaca.
Com dois anos de mercado, a Eurekia oferece aos seus clientes ferramentas e plataformas que aplicam tecnologia para resolver problemas reais. A startup utiliza inteligência de dados para impulsionar negócios, por meio de análises realizadas por especialistas e algoritmos de IA, que reconhecem padrões, tendências e eventos relevantes. Entre os projetos desenvolvidos pela empresa estão:
Educria – que faz a gestão educacional de alta performance, mostrando a Inteligência Artificial e seus impactos na educação, compartilhando ferramentas práticas e estratégias de uso no dia a dia para otimizar o tempo e tornar as aulas mais impactantes. O Educria oferta, entre outras coisas, curso de Inteligência Artificial Generativa para Professores
Zaperia – que faz atendimento via WhatsApp com IA. A plataforma permite a conexão de múltiplos atendentes em um único número, oferecendo também recursos de inteligência artificial para responder às perguntas iniciais dos clientes.
SertãoBox – que é um clube de assinatura com identidade regional. O objetivo é levar a alma do sertão Maranhense para o Brasil inteiro, com seus sabores, saberes, cores e histórias.
Onde é Hoje? – que faz gestão de eventos e entretenimento
Mas, antes de conseguir se estabilizar no mercado, a Eurekia enfrentou desafios como construir tecnologia de alto nível com foco nas necessidades reais.
“No interior do Brasil, ainda lidamos com limitações de infraestrutura, acesso a capital e cultura digital. Outro grande desafio é educar o mercado sobre o valor da inovação. Mostrar que IA e Dados não são coisas distantes, mas ferramentas poderosas e acessíveis, é parte do nosso trabalho diário”, afirma Jadson.
Para vencer esses desafios, foi preciso contar com a ajuda de parceiros, como o programa Startup Nordeste Maranhão e TXM Methods, que contribuíram com a visibilidade e viabilidade do negócio.
“Ao longo da nossa jornada, contamos com apoios fundamentais, como o programa Startup Nordeste Maranhão, que nos ajudou a estruturar e impulsionar o projeto SertãoBox e o programa da TXM Methods, que nos ajudou a estruturar nossas ideias. Além disso, o Sebrae tem sido um parceiro muito importante, abrindo portas, conectando com oportunidades e nos dando visibilidade. Também cultivamos parcerias com universidades e outros empreendedores, fortalecendo o ecossistema local e validando nossas soluções junto ao mercado”, destaca o empreendedor.
Stand da Eurekia na Feira do Empreendedor do Sebrae no Maranhão em 2024.
Divulgação/Redes sociais
Agora o objetivo da startup é escalar as soluções de forma sustentável, ampliando o impacto sem perder a identidade.
“Queremos consolidar o Educria como referência nacional em inteligência educacional, expandir o Zaperia como solução de atendimento inteligente, fortalecer o SertãoBox como vitrine da bioeconomia e lançar novas soluções conectadas à realidade do Brasil. Mais do que crescer, queremos ser relevantes. Ser uma marca que inspira, transforma e representa inovação com propósito”, finaliza.
IA que “lê mentes”
Wendell Teixeira e sócio-fundador da Peddido
Reprodução/Peddido
Também criada em 2024 na cidade de Imperatriz, no sudoeste do Maranhão, a startup Peddido se destaca no mercado atuando no segmento de tecnologia e inteligência artificial aplicada ao food service e varejo. A plataforma entrega autonomia, transformação e futuro para pequenos negócios locais com o poder de uma IA preditiva, criando um catálogo vivo que impulsiona vendas, fideliza clientes e liberta o empreendedor da burocracia.
“Oferecemos uma plataforma inteligente, que une catálogo digital, gestão de pedidos e atendimento automatizado, tudo alimentado por uma inteligência artificial hiperpreditiva, capaz de entender comportamentos, antecipar desejos e adaptar-se em tempo real à jornada do consumidor. É como se o catálogo lesse a mente do cliente e, no fundo, é isso que ele faz mesmo”, explica Wendell Teixeira, sócio-fundador da Peddido.
A startup criou uma plataforma onde a IA vai além de recomendar produtos como em um e-commerce tradicional, ela interpreta o comportamento do consumidor em tempo real. A Peddido analisa, em frações de segundos, a sequência de interações, o tempo de permanência, as rolagens, cliques, padrões de horário, localização, como está o tempo na região (se está frio ou quente), etc. A ideia é analisar tudo isso em uma rede neural de potencialidade de eventos e prever qual será o próximo passo.
Segundo Wendell Teixeira, o sistema é capaz de, por exemplo, prever que em uma sexta-feira chuvosa, entre 19h e 22h, os clientes costumam pedir mais pizza e vinho, em vez de refrigerante. Ou, considerando uma data próxima do fim do mês, quando o orçamento das pessoas geralmente já está comprometido, o sistema automaticamente prioriza a exibição de itens mais acessíveis ou cria descontos personalizados, desde que a análise da movimentação das vendas naquele dia ou semana indique que essas promoções são viáveis e sustentáveis.
“E criamos tudo isso para o nosso público, que são os verdadeiros heróis da economia: as pequenas e microempresas, comerciantes locais, donos de lanchonetes, pet shops, farmácias, mercadinhos e empreendedores independentes que fazem girar o país, representando cerca de 98% das empresas brasileiras, geram a maior parte dos empregos e sustentam cerca de 30% do PIB segundo o Sebrae. São pessoas que, com garra e criatividade, movimentam bairros inteiros, enfrentam desafios diários e raramente têm acesso à tecnologia sofisticada”, destaca.
Wendell Teixeira destaca que a ideia de criar a startup nasceu de uma visita à cidade de São Paulo, onde ele viu que era fácil pedir comida e transporte, parecia que havia um aplicativo para tudo, mas na cidade dele, Imperatriz, isso não era tão simples, pois as grandes empresas que oferecem esse tipo de serviço só atuam em grandes centros, por não conseguirem lidar com personalizações.
Então, Wendell viu uma oportunidade de negócio e decidiu criar, junto com amigos, uma plataforma voltada para os vendedores de rua, feirantes, donos de lanchonete, que anotam pedido em papel.
“Nossa essência é justamente o oposto dos grandes players, abraçamos a personalização como ponto de partida e não como exceção. A startup foi criada para ‘nivelar o jogo’, oferecendo uma ferramenta tão sofisticada quanto acessível, que entende o consumidor e se adapta ao seu comportamento, automatizando catálogos, pedidos e atendimento de forma inteligente”, destaca.
A Peddido trabalha com dados anônimos e interpretativos, sempre com consentimento e respeitando as diretrizes da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
“O foco é entender padrões de comportamento, nunca identificar indivíduos ou expor suas informações. Além disso, a IA é auditável, com logs e relatórios para análise de performance. Acreditamos que ética é tão importante quanto performance quando se trata de inteligência artificial. Queremos que nossos usuários confiem, não apenas nos resultados, mas na integridade do processo”, destaca.
Para conseguir colocar a startup no mercado, Wendell e os sócios contaram com o apoio do Sebrae, ao serem selecionados para participar da 2ª edição do Startup Nordeste, um dos programas mais disputados e relevantes para startups da região. A Peddido competiu com centenas de ideias de todo o Nordeste e conquistou o 1º lugar no programa.
“Além da bolsa de fomento financeiro conquistado, essa conquista também foi um combustível emocional. Mostrou que estávamos no caminho certo, validou nossa proposta de valor e mais, nos conectou a uma rede de mentores, especialistas e empreendedores que acelerou o nosso crescimento de forma que a gente nem esperava. Além do mais, ainda contamos com apoio institucional de gigantes como o Google, que nos concedeu um investimento de US$ 300 mil em servidores, e estamos em fase de inscrição e validação em programas de aceleração, como a Fapema e a Natura Startups. Esses apoios ajudam a potencializar uma visão que já está em movimento”.
Além de Wendell Teixeira que faz a estratégia, desenvolvimento e visão da empresa, o time conta com Ronilda dos Santos Silva (comercial e relacionamento com o cliente), Doglas Gomes Teixeira (tecnologia), André Alves Brandão (marketing e imagem da marca) e Gardilio Onezio Gomes Bandeira (analista de dados).
Equipe que trabalha na startup Peddido (da esquerda para a direita: Wendell, André, Doglas, Ronilda e Gardilio)..
Divulgação/Peddido
E os desafios continuam surgindo, para serem superados pela equipe. Um dos grandes problemas enfrentados atualmente pela startup Peddido é “educar o mercado”, especialmente os pequenos empreendedores, sobre o valor da automação inteligente e como ela pode libertar tempo e potencializar vendas, sem ser complexa ou cara.
“Porque quando você oferece algo realmente novo, disruptivo, é natural que exista resistência. Explicar que nosso catálogo é inteligente, vivo e preditivo exige uma dose de paciência e outra de coragem. Afinal, estamos quebrando paradigmas num setor acostumado ao básico. Também enfrentamos a dura realidade de empreender fora dos grandes centros, mas somos nordestinos, tá na nossa essência fazer muito com pouco. A escassez de infraestrutura e capital de risco aqui nos obriga a sermos criativos, ágeis e muito conectados com a realidade local. Empreender no Nordeste é um ato de coragem, mas também de orgulho”.
Capacitação corporativa
Érika Nascimento, fundadora da Aiter.
Divulgação/Redes sociais
Desenvolvida durante a pandemia da Covid-19, a startup Aiter criou um método próprio de capacitação corporativa, com uma plataforma que simplifica a organização de treinamentos para times comerciais, personalizando o aprendizado de acordo com a empresa que quer capacitar seus colaboradores.
A ideia surgiu quando a empresa em que Érika Nascimento, fundadora da Aiter, enfrentou o desafio de capacitar remotamente mais de 250 colaboradores de vendas, pois não havia ferramentas práticas para estruturar treinamentos de forma eficiente.
“Criamos um método próprio de capacitação e submetemos a ideia a um programa de pré-aceleração. A solução chamou tanto a atenção, que o CEO da empresa onde trabalhávamos como CLT nos propôs sociedade. A partir disso, transformamos a ideia em negócio com um objetivo claro, democratizar o acesso à capacitação corporativa e ajudar empresas a aumentarem a performance de seus times”, conta Érika.
A ferramenta que usa inteligência artificial é voltada para micro, pequenas e médias empresas, que enfrentam dificuldades como a desorganização do conhecimento, baixa adesão a treinamentos e falta de visibilidade sobre o desempenho da equipe.
Através de uma metodologia própria, trilhas de aprendizagem e recursos como fóruns, comunidade, certificações e inteligência artificial, a Aiter ajuda o setor de Recursos Humanos e gestores das organizações a treinarem seus times com mais agilidade, clareza e resultado.
Formada com três sócios, Juvêncio Ferraz (CEO), Erika Nascimento (CIO – Inovação) e Ingryd Barroso (COO), a Aiter enfrentou dificuldades para se estabelecer, pois nenhum dos sócios era da área de tecnologia.
“Precisamos aprender na prática, entender o que de fato fazia sentido como software e validar cada etapa com os usuários. Agora que temos uma plataforma robusta e validada, nosso desafio mudou, precisamos nos posicionar digitalmente e atrair clientes externos ao Hub do qual fazemos parte. Estamos investindo em marketing e construção de autoridade, mas sabemos que esse é um processo contínuo. Além disso, com um time enxuto, lidar com altas demandas e urgências diárias exige muito foco, organização e resiliência, é o que estamos fazendo com dedicação total”.
Contar com o apoio da Startup Nordeste foi fundamental para a empresa estruturar seu modelo de negócio.
“A Startup Nordeste nos ofereceu uma bolsa socioempreendedora. Participamos também de eventos como o Nordeste ON e o Startup Summit, que foram importantes para o fortalecimento da marca e para a construção de parcerias estratégicas. Além disso, participamos do ciclo de aceleração da Inovativa Brasil, programa de aceleração VumBora Startups – IEBT Innovation (Programa de aceleração de startup do Banco do Nordeste), e fomos uma das 1000 startups selecionadas no Prêmio Sebrae Startups”, destaca Erika Nascimento .
Erika Nascimento e Ingryd Barroso (cofundadora da Aiter) no Startup Summit 2024.
Divulgação/Redes sociais
Agora, a Aiter busca a expansão, levando seu modelo de capacitação corporativa para o maior número possível de empresas no Brasil.
“Acreditamos que treinamento e desenvolvimento contínuo não devem ser privilégio de grandes corporações, e nossa missão é mudar isso”, finaliza.
Incentivo para aceleração
Apesar do sucesso da Eurekia, Aiter e Peddido, dados do Sebrae apontam que, das 545 startups mapeadas no Maranhão em 2024, apenas 13,53% estão no estágio de aceleração, já 28,15% estão na fase de validação no mercado e 48,99% ainda estão no processo de ideação.
Para o economista Wilson Filho, apesar do impulso dado às startups, esse modelo de empresa ainda tem uma alta mortalidade no Maranhão, devido a três pontos principais.
“Há escassez de linhas de crédito apropriadas para o seu ambiente de negócios, que é de alto risco. É preciso melhorar a capacidade gerencial e financeira, uma vez que muitos empreendedores dominam as suas áreas de pesquisa, mas têm dificuldades em gestão. E, talvez seja o ponto mais delicado, um mercado competitivo para essas startups”, analisa.
O economista destaca que a demanda pelos produtos e serviços desenvolvidos por essas empresas ainda é muito limitada, esbarrando na preferência dos consumidores em modelos de empresas ainda tradicionais. Isso pode levar a uma “fuga” de potenciais startups para fora do Maranhão, onde tendem a buscar por melhores oportunidades.
Porém, apesar desse cenário, os editais de incubação, além de programas e projetos liderados por instituições como o Sebrae, que buscam fomentar a inovação, estão ajudando essas empresas a se consolidarem no mercado.
“Com o amadurecimento desse ecossistema e mais iniciativas e projetos, o Maranhão deve passar por um processo de transformação digital. É questão de tempo. O que se espera até lá é que as condições estruturais permitam, não só o amadurecimento, mas, o desenvolvimento econômico e social por meio da tecnologia e complexidade econômica”, afirma Wilson Filho.
Um dos grandes parceiros dessas iniciativas de negócio é o Sebrae que, atualmente, apoia cerca de 500 startups no Maranhão, com programas de ideação e aceleração, como o Startup Nordeste, Inova Amazônia, Inova Cerrado, programa Sebraetec, Prêmio Sebrae Startups, a plataforma Sebrae Startups, que oferta uma jornada de pré-aceleração, com orientações iniciais para quem quer empreender, entre outros meios de incentivo.
“O Sebrae oferece uma jornada muito robusta de apoio a esses empreendedores inovadores. Desde a ideação, o momento que o empreendedor tem uma ideia e aí é necessário analisar a viabilidade dessa ideia, quem é o público-alvo, se de fato tem sustentabilidade financeira e o potencial de escala. E, até mesmo o processo de aceleração, onde o Sebrae valida com esse empreendedor o seu modelo de negócio através das nossas consultorias e de apoio aos primeiros processos de venda das soluções desenvolvidas”, destaca Cesar Guimarães, gerente de Inovação e Tecnologia do Sebrae no Maranhão.
Cesar Guimarães, gerente de Inovação e Tecnologia do Sebrae no Maranhão.
Divulgação/Sebrae
O Sebrae também conta com uma rede de mentores que possuem conhecimento vasto para contribuir no desenvolvimento de qualquer startup em qualquer. Há, ainda, parcerias, clubes de vantagens com soluções tecnológicas de outras entidades, outras instituições e empresas, para que o empreendedor ao se cadastrar, tenha a oportunidade de desenvolver uma solução. E,
Cesar Guimarãe aponta que há startups com forte potencial de crescimento no Maranhão, sendo capazes de criar soluções inovadoras. E, esses modelos de negócio precisam de incentivo para se desenvolverem.
“As startups maranhenses se destacam pelo seu potencial criativo. Observamos aqui soluções que têm um potencial muito grande de escalabilidade, daí se tem uma grande oportunidade e uma excelente opção de investimentos, parceiros, investidores-anjos, grandes empresas, até mesmo do setor público, que podem alavancar as soluções inovadoras. Essas soluções podem ter uma grande aplicabilidade para resolução de problemas da sociedade, do estado e do próprio setor empresarial. Tudo isso aliado à geração de negócios ou de parcerias ou mesmo contratando as startups locais para desenvolver essas soluções”, destaca.