Erika Hilton respondeu nas redes sociais se vai disputar a presidência – Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) virou assunto nas redes sociais nesta semana após responder a uma pergunta direta de seus seguidores: ela vai se candidatar à Presidência da República?
A pergunta surgiu em uma caixinha de perguntas no Instagram, e a resposta veio com sinceridade. Erika disse que ainda não se vê pronta para o desafio, mas falou sobre a importância de sonhar alto – especialmente para quem, como ela, representa a comunidade LGBTQIAPN+.
“Eu sempre digo a mesma coisa, fico muito feliz de a gente poder sonhar com essa possibilidade de nos enxergarmos nesse lugar”, afirmou. “Pois, quando vocês me enxergam nesse lugar, automaticamente vocês enxergam a nossa comunidade [LGBTQIAPN+], a nossa gente ocupando esse espaço”, completou.
Deputada federal ganhou projeção ao apresentar a proposta pelo fim da escala 6×1 – Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Apesar de comentar sobre a projeção simbólica, Erika foi pé no chão: disse que quer ganhar mais experiência antes de pensar em disputar o cargo mais alto do país. “A Presidência da República não é um morango, né?”, disse a deputada, ao defender a necessidade de vivência administrativa.
Polêmica recente de Erika Hilton: resposta a Oruam
A semana também foi movimentada para Erika por outro motivo. Após a morte de Herus Guimarães Mendes da Conceição, de 24 anos, baleado pela Polícia Militar durante uma festa junina na Comunidade do Santo Amaro, no Rio de Janeiro, o rapper Oruam usou o X (antigo Twitter) para desabafar e perguntar: “O que fazer?”
Erika respondeu diretamente ao artista, sugerindo “fazer revolução com o pé no chão” e defendendo a construção de uma rede de articulação política nas periferias. Ela se colocou à disposição para ajudar, indicando coletivos e lideranças das favelas do Rio.
A fala dividiu opiniões. Enquanto alguns elogiaram a disposição de diálogo da deputada, outros criticaram o “apoio” a Oruam. Muitos questionaram a aproximação com alguém ligado a uma família envolvida com o CV (Comando Vermelho) poderia “legitimar criminosos”. O rapper é filho do traficante Marcinho VP.
Veja o post de resposta de Oruam:
Se os filhos fossem responsáveis pelos crimes dos pais, metade dos gays do Brasil estariam presos por homofobia.
Não conversei com Oruam ontem por ser fã, por apoiar suas falas misóginas, seu pai ou seu tio.
Conversei porque ele prestou apoio à família de uma vítima da PM.…
— ERIKA HILTON (@ErikakHilton) June 9, 2025