Pará tem uma vítima de feminicídio a cada 6 dias


Dados apontam aumento de 20% nos crimes contra mulheres. Caso recente foi de agente de saúde morta pelo companheiro e encontrada pela própria filha. Pará tem caso de feminicídio a cada seis dias
O Pará tem uma mulher vítima de feminicídio a cada 6 dias em 2023.
Os dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado (Segup) expõem a violência contra as mulheres, apenas pelo fato de serem mulheres.
O aumento foi de 20% este ano.
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De 1º de janeiro a 18 de junho foram 29 crimes. No mesmo período do ano anterior, foram 24 vítimas. Na última semana, três casos foram registrados na região metropolitana de Belém.
O crime mais recente foi no domingo (18), em Ananindeua. O velório de Rosarina Nascimento Silva, de 44 anos, foi na casa de parentes. A família estava abalada, tentando entender o que aconteceu.
A agente de saúde foi morta de forma brutal pelo companheiro na casa em que moravam. Ela foi encontrada morta pela própria filha.
Rosarina Nascimento Silva foi encontrada morta em casa pela filha, em Ananindeua
Reprodução/TV Liberal
De acordo com a Polícia, Donizete Rodrigues de Oliveira, suspeito do crime, foi preso em flagrante nesta segunda-feira (19) ao retornar para a residência, onde iria buscar roupas e documentos.
Outro caso recente foi em Belém, no bairro da Pedreira. Ravana Rocha Thomás, de 25 anos, foi morta a facadas no dia dos namorados, dia de 12 de junho, dentro de um motel.
Suspeito de matar mulher a facadas em motel está preso em hospital
Mulher é morta a facadas em motel em Belém.
Reprodução / TV Liberal
Na sexta-feira (16), Elinete de Souza Moreira, de 34 anos, foi morta a tiros depois de sofrer importunação sexual em um bar. O crime foi na Cidade Nova 6, em Ananindeua.
No caso de Elinete, a Polícia já conseguiu identificar o suspeito e a investigação está em andamento, segundo a Polícia. As primeiras diligências foram feitas pela Delegacia da Mulher em Ananindeua. As investigações correm em segredo.
Como denunciar violência contra mulher?
Para um caso ser considerado feminicídio, é levado em conta situação de violência doméstica, familiar ou em relações de afeto. Ou quando há menosprezo ou discriminação à condição do sexo feminino.
As vítimas podem denunciar por telefone e atendimento virtual.
Qualquer pessoa pode ligar para o número 180. A ligação é gratuita e o anonimato é garantido. No caso da mulher vítima de violência, ela pode acionar a polícia pelo número 190, pode ir até à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) ou ligar para o 180.
E,m Belém, as denúncias de violência doméstica e outras violações dos direitos humanos podem ser feitas pelo aplicativo SOS Mulher, desenvolvido pela Prefeitura de Belém em parceira com o Tribunal de Justiça do Pará (TJPA).
As denúncias vão direto para a Guarda Municipal, que faz a averiguação dos casos. O aplicativo está disponível para os sistemas Android e iOS.
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