O dólar desta terça-feira (29) fechou em alta e alcançou o maior patamar desde março de 2021: R$ 5,76. Boa parte valeu-se da incerteza de quando virá um anúncio de corte de gastos do governo.
Além disso, os investimentos diretos no Brasil foram menores do que os projetados; segundo o Banco Central (BC), existia estimativa de US$ 5,60 bilhões, mas houve a marca de US$ 5,23 bilhões.
Valor do dólar
A máxima da terça foi R$ 5,7666 e o fechamento acabou em R$ 5,7610, com um avanço de 0,92% (na segunda, o aumento foi 0,06%). É o patamar mais alto desde março de 2021, quando fechou em R$ 5,79. O balanço geral do dólar é:
- alta de 0,99% na semana;
- avanço de 5,77% no mês;
- ganho de 18,72% no ano.
Eleições e economia
Durante as últimas semanas, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, comentou que poderia haver reestruturação de medidas econômicas após o fim das eleições municipais. O esperado era um pacote fiscal com corte de até R$ 60 bilhões.
Mas Haddad revelou nesta terça que fará uma série de reuniões com o presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, para discutir novos planos para a economia – mas não há, por ora, previsão de um pacote fiscal baseado em cortes de despesas públicas.
O ministro, no entanto, tem sido pressionado a tomar atitudes de controle orçamentário; estima-se que isso sera uma taxa de juros e cortes no valor de 0,5% do PIB no orçamento.
Questionado sobre quando isso acontecerá, Haddad disse: “Não tem uma data, ele [Lula] que vai definir. Mas a gente está avançando a conversa, estamos falando muito com o [Ministério do] Planejamento também.”
Ibovespa
O Ibovespa operou em queda na terça-feira (29); ao contrário da segunda, na qual registrou alta de 1,02%, aos 131.213 pontos.O balanco total do índice:
- alta de 1,02% na semana;
- perdas de 0,46% no mês;
- recuo de 2,22% no ano.