Belém terá museu dedicado às questões climáticas


Museu do Clima é iniciativa da Fundação Romulo Maiorana que visa oferecer vivências e conscientização acerca dos desafios climáticos globais. Belém terá primeiro museu do brasil sobre questões climáticas
Luiz Braga
A cidade de Belém vai abrigar o Museu do Clima, dedicado às questões climáticas e ao antropoceno, que discute a condição humana e a do planeta. O espaço será sediado na antiga sede do Jornal O Liberal nos anos 2000, às margens da baía do Guajará, no centro da cidade.
A expectativa é que a primeira parte do projeto seja entregue à população durante a COP30, em novembro de 2025. Entre os pilares do novo museu, quatro eixos são destaques: arte, cultura, ciência e educação.
O museu será voltado para novas vivências e conscientização de visitantes, além da comunidade local sobre as necessidades de ações coletivas de enfrentamento aos desafios climáticos globais. A iniciativa da Fundação Romulo Maiorana visa utilizar recursos interativos e tecnológicos para visitações.
“A ideia de um museu que reúna arte, ciência e educação vem exatamente nesta direção. Um projeto inovador que se desenha para dialogar com as prioridades do mundo, que é a questão climática, e com o espaço onde está inserido”, avaliou Roberta Maiorana, diretora executiva da Fundação.
O novo espaço pretende ser um marco para a cidade de Belém, visto que se prepara para sediar a Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30, em 2025.
Está prevista colaboração entre a comunidade local e especialistas para que o Museu do Clima busque apontar ações de adaptação às mudanças climáticas e soluções para questões ambientais complexas, que estão surgindo nos últimos anos.
A criação do museu prevê a formação de um conselho composto por especialistas locais e de outras regiões, além de processos de escuta pública, como censos e reuniões abertas para envolver a comunidade.
O Museu do Clima em Belém também será palco de diálogo e construção colaborativa sobre os efeitos das alterações climáticas por meio da arte, conectando manifestações regionais e locais e estabelecendo pontes entre artistas e pesquisadores de outras partes do Brasil e do mundo.
Belém terá primeiro museu do Brasil dedicado às questões climáticas
Reprodução
Escola do Tempo e Centro de Estudos Climático
Além de promover a arte e a educação, o projeto também prevê a criação do Centro de Estudos Climáticos, que se concentrará em fomentar a ciência e a pesquisa, abordando temas como biodiversidade, energia verde, agricultura sustentável, efeito estufa, combustíveis fósseis, carbono zero, justiça ambiental, entre outros.
“ Promover diálogos entre as instituições é essencial e a ideia deste museu é importante para a Amazônia.”, contou o curador e professor-pesquisador da UFPA, Orlando Maneschy.
O espaço vai contar com a cooperação de diversas organizações internacionais e nacionais que atuam na defesa da preservação da Floresta Amazônica.
Fundação Romulo Maiorana
A Fundação Romulo Maiorana, criada em 1981, realiza ações culturais na região Norte, com destaque para o Projeto Arte Pará, além de fomentar a produção artística e promover intercâmbio entre agentes culturais.
O museu será uma contribuição da fundação buscando enfrentar as questões da museologia social e a proteção da Amazônia em meio aos desafios climáticos globais.
Com o novo espaço, Belém se deve se tornar uma referência no diálogo sobre as mudanças climáticas e a importância da preservação ambiental, mostrando o compromisso da cidade em enfrentar os desafios do antropoceno e promover ações concretas em prol da proteção da floresta e do clima.
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