Veículos pesados estão proibidos de trafegar à noite em trechos da BR-319 no AM


Conforme o Dnit, durante o dia, o tráfego desses veículos é controlado pela equipe de campo, enquanto o trânsito de veículos leves está liberado normalmente. Caminhões e carros em longa fila formada na BR-319 após desabamento de aterro interditar trecho da rodovia.
William Duarte/Rede Amazônica
O tráfego de veículos pesados está proibido durante a noite em dois trechos da BR-319, no Amazonas, após dias de bloqueio causados por uma pane em uma balsa e danos em um dos aterros, conforme informou o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). A restrição vale para o período entre 18h e 6h, nas travessias sobre o Rio Curuçá e o Rio Autaz Mirim.
A BR-319 é a única ligação terrestre entre Manaus e o estado de Rondônia, conectando o Amazonas ao restante do país. A interdição, que começou na madrugada de domingo (1º), interrompeu o tráfego entre o município de Careiro e a capital amazonense.
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Conforme o Dnit, durante o dia, o tráfego desses veículos é controlado pela equipe de campo, enquanto o trânsito de veículos leves está liberado normalmente.
Segundo o DNIT, as obras nas estruturas ainda não foram concluídas, o que pode causar paralisações temporárias ao longo do dia para manutenção do acesso e execução de demais serviços.
Interdições
No rio Curuçá, a força da correnteza, intensificada pela cheia, havia arrastado a estrutura provisória. O DNIT reforçou os acessos à ponte com rachão, o que permitiu a liberação do tráfego, inclusive de veículos pesados.
No caso do rio Autaz-Mirim, a interrupção foi causada por uma pane no rebocador responsável por movimentar a balsa que transporta os veículos. A travessia foi normalizada com o auxílio de um rebocador de maior potência, que reposicionou a embarcação.
As interdições começaram após dois incidentes: um caminhão rompeu o cabo de sustentação da balsa no Curuçá, e, na sequência, o rebocador do Autaz-Mirim apresentou falha mecânica.
Apesar da liberação, o DNIT orientou que os motoristas mantenham cautela ao trafegar pela BR-319, já que ainda há trechos com dificuldades de acesso.
Pedestres recorrem a travessia em pequenos botes durante interdição em trechos da BR-319 no Amazonas.
Karla Melo/Rede Amazônica
Desabamentos
A queda da ponte sobre o Rio Curaçá aconteceu no dia 28 de setembro de 2022 e resultou na morte de cinco pessoas, além de deixar mais de 10 feridos. Carros foram arremessados sobre o rio e uma ponte provisória foi montada no local para não interromper o fluxo da rodovia. Dez dias depois, outra ponte caiu no km 25 da mesma rodovia.
Em maio deste ano, o DNIT informou que a nova ponte sobre o Rio Curuçá deve ser entregue até setembro. A estrutura foi ampliada em relação à anterior, com 150 metros de extensão e 13 metros de largura.
O superintendente regional do DNIT, Orlando Fanaia, destacou os desafios enfrentados para manter a rodovia em funcionamento.
“É um desafio manter a rodovia trafegável. São 400 km de rodovia não pavimentada, em uma região com dificuldade de insumos, sem material de base, a pedra vem de longe. Esses desafios estão sendo enfrentados com muitas ações em andamento”, afirmou.
As obras da nova ponte sobre o Rio Curuçá foram retomadas em dezembro do ano passado. Além dela, a ponte sobre o Rio Autaz Mirim também está em reconstrução, com entrega prevista para novembro deste ano.
Os investimentos nas duas estruturas somam R$ 50 milhões e um terceiro trecho, sobre o rio Igapó-Açu, está atualmente em fase de licitação.
Trecho do Rio Autaz Mirim na BR-319 teve travessia interrompida após cabo de balsa romper.
Gato Jr./Rede Amazônica
Aterro sobre Rio Curuçá desaba e trecho da BR-319 é interditado
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